As eleições para as presidências da Câmara e do Senado agitaram os noticiários nas últimas semanas. Após muitos esforços do governo federal para garantir a vitória de seus candidatos aliados. As vitórias de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) representaram um avanço do presidente Jair Bolsonaro em sua tentativa de se aproximar ao centrão.
As eleições no legislativo brasileiro influenciam em uma série de fatores. Recentemente, a negociação por uma renovação do auxílio emergencial para combater os impactos da pandemia de Covid-19 têm sido a principal pauta de conversas entre os líderes das casas e o executivo federal. Mas, segundo a economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, a influência das novas lideranças vai além e vêm influenciando diretamente na taxa de câmbio.
“Logo depois que saiu o resultado das eleições houve um alívio momentâneo nos mercados financeiros, que repercutiu diretamente na taxa de câmbio e registrou queda”, apontou a economista, em depoimento ao blog do Ourinvest. Para Quartaroli, a resposta positiva do mercado reflete o otimismo quanto a perspectiva de maior sincronia entre o governo federal e o legislativo brasileiro. “Espera-se maiores chances de uma agenda liberal do governo e da aprovação das reformas tão esperadas”.
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Na semana em que Lira e Pacheco foram anunciados como novos presidentes das casas do legislativo brasileiro, o dólar caiu cerca de 2% ante o real. Para Cristiane, porém, o ritmo pode não se manter a médio e longo prazo. Segundo ela, a volatilidade deve se manter no câmbio ao longo de 2021.
A pauta do auxílio emergencial, citada anteriormente, segue sendo um dos fatores determinantes para o desempenho da economia brasileira e, também, do câmbio nos próximos meses. A aprovação da prorrogação do benefício pode ser o primeiro “teste de fogo” dos novos líderes do legislativo nacional.
“Há uma pressão para que o benefício seja prorrogado e, ao que parece, os presidentes eleitos são a favor dessa prorrogação. Isso requer cuidado com o teto dos gastos, que é um indicador importante para o mercado. Será necessária muita coordenação para não piorar as contas fiscais e afugentar mais investidores. Ainda não se sabe como será montado esse quebra-cabeça”, apontou Cristiane Quartaroli.
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