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GIRO INTERNACIONAL: G20 endossará acordo por imposto global; Vacina cubana é 92,28% eficaz contra a Covid-19; saiba mais sobre a inflação nos EUA, lei anti LGBTQI na Hungria e mercado internacional

6 Minutos de leitura

G20 ENDOSSARÁ ACORDO POR IMPOSTO MÍNIMO CORPORATIVO GLOBAL

Nos dias 9 e 10 de julho deste ano, os ministros de finanças das principais economias do mundo devem endossar acordo para criação de um imposto corporativo global. Na reunião, espera-se que seja solicitado o trabalho técnico para estudar a implementação do tributo, que pode ser implementado já em outubro deste ano. As informações constam em esboço de comunicado do G20, obtido pela agência Reuters.

Embora uma taxa específica não seja citada no documento vazado, há expectativa que o novo imposto global fique em torno de 15%. É importante ainda afirmar que os detalhes para a implementação do novo tributo precisam ser discutidas por aproximadamente 140 países, em reunião da Estrutura Inclusiva.

A reunião, realizada de forma remota, acontecerá antes da próxima reunião do G20, onde o provável acordo será endossado pelas lideranças do grupo. O evento será hospedado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sediada em Paris.

“Depois de muitos anos de discussões e avançando sobre o progresso feito no ano passado, alcançamos um acordo histórico sobre uma nova arquitetura tributária internacional justa e estável”, afirma o documento vazado.

O provável acordo é mais um passo no caminho de criação de um imposto corporativo global. No dia 5 de junho, os países do G7 fecharam acordo para a criação de um imposto global de pelo menos 15% para grandes empresas. Segundo o ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, o acordo firmado pelo G7 é “histórico” e marca o início de uma reforma tributária global.

Com a existência de um imposto corporativo global, espera-se que a existência de paraísos fiscais esteja comprometida. Muitas empresas remetem seus lucros para países onde os tributos são menores ou até mesmo inexistentes, evitando pagar impostos aos países onde operam.

O principal obstáculo para a implementação de um imposto corporativo global é exatamente a resistência de países com impostos mais baixos, muitas vezes usados como paraísos fiscais. Para isso, diversas negociações já estão em curso antes mesmo das reuniões patrocinadas pela OCDE, que devem selar a criação de uma tributação internacional.

VACINA CUBANA É 92,28% EFICAZ CONTRA A COVID-19

O governo de Cuba divulgou nesta terça-feira (22), os resultados dos testes clínicos do vacina Abdala, um dos imunizantes contra o novo coronavírus em desenvolvimento no país caribenho. Segundo o comunicado, a vacina se mostrou 92,28% eficaz contra a Covid-19.

A Abdala, desenvolvido pelo laboratório BioCubaFarma, é uma vacina aplicada em esquema de três doses. A Organização Mundial da Saúde exige eficácia mínima de 50% em imunizantes. Autoridades cubanas devem protocolar pedidos para uso emergencial do imunizante junto à OMS nos próximos dias.

No domingo (22), o governo cubano havia anunciado o resultado dos testes clínicos do outro imunizante em desenvolvimento pelo laboratório estatal. A Soberana 2, também aplicada em esquema de três doses, se mostrou 62% eficaz após a aplicação de duas das três doses previstas. Resultados do teste completo do imunizante devem estar disponíveis nas próximas semanas.

A aprovação do imunizante viria em boa hora para Cuba, que atualmente vive um surto do vírus. Ontem, o país registrou 1.561 novos casos de Covid-19. Ao todo, 169.365 casos da doença foram registrados no país desde o início da pandemia, com 1.170 óbitos.

Caso a vacina Abdala seja aprovada para uso emergencial, será oficialmente a primeira vacina contra a Covid-19 desenvolvida na América Latina a ser disponibilizada para a população. Sob embargo dos Estados Unidos desde 1962, a indústria farmacêutica cubana começou a tomar forma na década de 1980. Das 13 vacinas no programa nacional de imunização cubano, oito são produzidas localmente.

PARLAMENTARES DOS EUA PRESSIONAM FED SOBRE INFLAÇÃO NO PAÍS

Nesta terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, participa de uma audiência pública no Congresso norte-americano para discutir a inflação no país. Parlamentares estadunidenses cobram de Powell e do Fed mais medidas para controlar o risco inflacionário nos EUA.

O Federal Reserve, banco central do país, tem o árduo compromisso de equilibrar o crescente risco inflacionário no país com a própria promessa de recuperar os empregos perdidos em razão da pandemia de Covid-19. Nos últimos meses, porém, a geração de empregos ficou abaixo do esperado no país e o índice oficial de inflação ao consumidor vem subindo mais do que estimativas do Fed.

Na última vez em que Powell compareceu ao subcomitê para a Crise do Coronavírus da Câmara dos Representantes dos EUA, a expectativa para a inflação nos EUA em 2021 estava em 1,7%. No relatório mais recente do Fed, divulgado na semana passada, a expectativa para a inflação no país dobrou, chegando a 3,4%.

Powell citará em seu depoimento que o alto índice de desemprego nos EUA tem afetado ainda mais trabalhadores de renda mais baixa, em especial a população negra e hispânica do país. Outra preocupação do Fed é que a pandemia pode ter levado um alto número de norte-americanos a se aposentarem, o que torna inviável a recuperação de todos os postos de trabalho levados pela pandemia.

Segundo Powell, o banco central está preparado para dar todo o apoio necessário para a recuperação econômica dos EUA. Recentemente, o Fed mudou a previsão de aumento das taxas de juros no país de 2024 para 2023. O presidente do Fed afirmou ainda, em entrevista, que a instituição já estuda diminuir o volume de compra de títulos, que atualmente está em 120 bilhões de dólares ao mês.


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POR PARTIDA DA EURO, LEI ANTI-LGBTQI NA HUNGRIA CHAMA ATENÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA

Nesta terça-feira, um jogo da UEFA Euro 2020 agitou os noticiários políticos na Europa. O prefeito de Munique, Dieter Reiter, solicitou que a Allianz Arena, palco do confronto entre Alemanha e Hungria nesta quarta (23) pelo Euro 2020, fosse iluminada com as cores do arco-íris em protesto a uma lei anti-LGBTQI aprovada na Hungria na semana passada.

A nova lei proíbe a “exibição e promoção da homossexualidade” entre menores de idade e é considerada uma maneira de proibir a reprodução de conteúdo que represente a comunidade LGBTQI, caso o mesmo seja acessível a menores de idade.

O pedido foi negado pela UEFA, entidade que regula o futebol europeu e organiza a competição. A entidade afirma apoiar a causa LGBTQI, mas que ela e suas competições precisam manter neutralidade política. A situação, no entanto, chamou atenção de autoridades europeias para a lei húngara, aprovada no dia 15 de junho.

O vice-ministro alemão de Assuntos Europeus, Michael Roth, afirmou que a nova lei viola os valores básicos da União Europeia. “A União Europeia não é fundamentalmente um mercado único ou uma união monetária. Somos uma comunidade de valores, estes valores nos conectam”, apontou Roth.

A Hungria, governada pelo conservador Viktor Orban, já é alvo de investigações na União Europeia por tentativas de minar o poder judiciário do país, bem como violar a liberdade de expressão e de negar direitos a migrantes e refugiados no país. Há preocupação entre as lideranças europeias de que os governos de Hungria e Polônia, aliada política da Hungria e também investigada por minar o poder judiciário, possam atentar contra o Estado de Direito no futuro próximo.

O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, condenou as críticas e chamou de “falsas notícias” as afirmações de que a nova lei aprovada no país atenta contra a comunidade LGBTQI. Segundo o chanceler húngaro, a nova lei é uma forma de proteger os jovens do país de exposição a pedofilia.

“Esta lei não diz nada sobre a orientação sexual dos adultos. Ela só diz que, enquanto as crianças forem menores de 18 anos, sua educação sexual é responsabilidade exclusiva dos pais, é só isso”, apontou.

BOLSAS E CÂMBIO

Na Europa, o dia foi de ganhos discretos no mercado acionário, com exceção da Bolsa de Milão, que operou em baixa nesta terça. Confira os números do mercado europeu:

  • STOXX 600 (STOXX): +0,26% (456,42)
  • DAX (GDAXI): +0,21% (15.636,33)
  • FTSE 100 (FTSE): +0,39% (7.090,01)
  • CAC 40 (FCHI): +0,14% (6.611,50)
  • FTSE MIB (FTMIB): -.0,32% (25.315,57)

Na Ásia, a terça também foi de ganhos no mercado acionário. O destaque do dia foi o índice Nikkei 225, de Tóquio, que disparou mais de 3% hoje. A exceção foi o Hang Seng, de Hong Kong, que operou em baixa. Confira os números do mercado asiático:

  • Hang Seng (HK50): -0,79% (28.254,37)
  • KOSPI (KS11): +0,71% (3.263,88) 
  • Shanghai Composto (SSEC): +0,80% (3.557,41)
  • Nikkei 225 (N225): +3,12% (28.884,13)
  • Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +0,62% (5.122,16) 

Nos EUA, os índices de Nova Iorque acompanharam as demais bolsas de valores e fecharam o dia com ganhos discretos, abaixo de 1%. Confira os números do mercado norte-americano:

  • Dow Jones (DJI): +0,20% (33.945)
  • S&P 500 (SPX): +0,51% (4.246)
  • Nasdaq Composto (IXIC): +0,79% (14.253)

No câmbio, o dia foi de baixa das principais moedas estrangeiras. Com queda superior a 1% ante o real nesta terça, o dólar ficou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde junho do ano passado. Confira a cotação do euro e do dólar hoje:

  • Dólar: -1,12% (R$ 4,96)
  • Euro: -0,94% (R$ 5,92)

Imagem em destaque: Revista Fórum / divulgação

Guilherme Guerreiro

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