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Reuniões do Copom começaram hoje com expectativa de alta da Selic pelo mercado

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Começam hoje as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), onde será decidida a manutenção ou alteração da meta Selic, a taxa básica de juros do Brasil.

O resultado das reuniões deve ser publicado na quarta-feira (04).

A Selic é um dos mais importantes instrumentos do Banco Central (BC) para tentar controlar a inflação. Com as recentes pressões nas altas dos preços, o Boletim Focus, publicação semanal contando com a projeção de mais de 100 instituições financeiras, indica que a Selic deve terminar o ano em 7% a.a.

Atualmente, a meta Selic está em 4,25%, definida na última reunião do Copom. O mercado financeiro, porém, projeta que a reunião pode acabar amanhã com um novo aumento na taxa.

Para o Barclays, o Copom aumentará a Selic em 1 p.p., para 5,25%. Para o término do ano, a projeção é de 7% a.a.

“As últimas divulgações de inflação e os preços de mercado (com a curva de juros incorporando alta de cerca de 1 ponto na próxima semana) elevaram a barra para o BC entregar a alta de 0,75 ponto telegrafada anteriormente, sob o risco de frustrar expectativas no lado ‘dovish’ e causar adicional desancoragem das expectativas de inflação para 2022”, diz o relatório assinado por Roberto Secemski.

A aposta está de acordo com os recentes efeitos do mercado relacionados à inflação. Em junho, o IPCA subiu 0,53%, atingindo 8,35% em 12 meses, muito acima do teto estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%.

Segundo o último Boletim Focus divulgado ontem (02), a inflação deve atingir 6,79% até o término do ano.


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As pressões inflacionárias são causadas por inúmeros fatores, internos e externos. A demora na resolução do Orçamento para 2021, CPI da Covid, Reforma Tributária fatiada e desgaste do Planalto ajudaram a deixar o clima ruim para o investimento estrangeiro.

Nas refinarias, as altas nos preços de combustíveis, causadas pela variação no mercado internacional, ajudaram o IPCA a subir além do esperado. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o etanol subiu 23,1% só nos últimos quatro meses.

Por fim, a crise hídrica do Sudeste e Centro-Oeste do país deve provocar altas mais acentuadas da inflação até o término do ano. De acordo com órgãos governamentais, o período da estiagem deve acabar só em novembro. Isso significa que as usinas termelétricas mais caras, recentemente acionadas pelo governo, devem provocar altas significativas na conta de luz do brasileiro.

Foto: Agência Brasil / Divulgação

Juan Tasso - Smart Money

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