A Petrobras anunciou via comunicado nesta terça-feira (14) que o preço médio da gasolina cairá 3,13% nas refinarias de petróleo, de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro do combustível vendido.
É a primeira redução nos preços da gasolina desde junho deste ano, quando o custo foi ajustado para R$ 2,53 por litro vendido.
O preço da gasolina nas refinarias não reflete o preço final para os consumidores. É preciso considerar ainda os preços de distribuição e os impostos, como o ICMS estatal.
Abaixo, acompanhe a variação do preço da gasolina das refinarias:
O novo reajuste acompanha a variação dos preços petróleo brent no mercado internacional, mas é importante ressaltar também que outros fatores, como o preço do Dólar ante ao Real, também influenciam na variação dos preços.
A redução acontece poucos dias após as declarações do presidente Jair Bolsonaro acerca de possíveis reduções nos preços nas refinarias da estatal. Na ocasião, a Petrobras havia dito que não antecipa reajustes nos preços, e que isso acontece de acordo com a variação no mercado internacional.
Mesmo assim, o episódio fez com que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abrisse uma investigação contra a estatal.
Saiba mais
No comunicado divulgado nesta terça-feira (14), a estatal reiterou seu compromisso com a variação no mercado internacional:
“A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”, diz a Petrobras, que também afirma que o reajuste considera “a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”.
Atualmente, os combustíveis são o maior vilão da inflação brasileira. De acordo com os dados do IPCA de novembro, segundo o IBGE, a alta de 0,95% foi impulsionada principalmente pela gasolina, que subiu 7,38% na base mensal.
Considerando o acúmulo dos últimos 12 meses, a gasolina aumentou 50,78% nas bombas dos postos para os consumidores.
