De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pela manhã, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial do país, subiu 10,06% em 2021, o maior resultado desde 2015, quando o IPCA havia ficado em 10,67%.
É também uma aceleração considerável da inflação do país comparado com a alta de 4,52% registrada em 2020.
Em dezembro, a inflação ficou em 0,73%, uma desaceleração comparada com o resultado de novembro 0,95%.
De acordo com a pesquisa, todos os nove grupos de produtos e serviços registraram alta em dezembro de 2021, sendo que a maior variação veio do grupo de Vestuário (2,06%). Em seguida, vieram Artigos de Residência (1,37%) e Alimentação e bebidas (0,84%).
O resultado do grupo de Vestuário foi impulsionado principalmente pelas altas das roupas masculinas (2,53%) e das roupas femininas (2,00%), com destaque para as roupas infantis (2,11%) e os calçados e acessórios (1,92%).
Artigos de residência (1,37%), destacam os itens mobiliário (2,07%) e eletrodomésticos e equipamentos (1,77%).
Índice geral | 0,73% |
Alimentação e bebida | 0,84% |
Habitação | 0,74% |
Artigos de residência | 1,37% |
Vestuário | 2,06% |
Transportes | 0,58% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,75% |
Despesas pessoais | 0,56% |
Educação | 0,05% |
Comunicação | 0,34% |
Saiba mais
Cenário Macroeconômico e Desafios para 2022
Considerando o resultado de 2021, a maior alta registrada entre os grupos veio dos Transportes (21,03%), que também teve o maior impacto (4,19 p.p.). Em sequência, vieram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e Alimentação e bebidas (7,94%), que teve impacto de 1,68 p.p.
Os resultados dos três grandes grupos contribuíram com cerca de 79% no IPCA do ano.
No grupo de Transportes, os combustíveis representaram a maior variação do ano, subindo 49,02%. A gasolina registrou alta de 47,49%, e o etanol, 62,23%. O resultado do grupo também foi impactado pela alta dos automóveis novos (16,16%) e usados (15,05%).
No grupo de Habitação (13,05%), a principal contribuição (0,98 p.p.) veio da energia elétrica (21,21%).
“Nos quatro primeiros meses do ano, vigorou a bandeira amarela, com acréscimo de 1,343 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em maio, foi acionada a bandeira vermelha patamar 1 e, nos três meses seguintes, foi adotada a bandeira vermelha patamar 2, cuja cobrança passou de R$ 6,243 em junho para R$ 9,492 em julho, em função do agravamento da crise hídrica”, disse o IBGE.
Foto: Shutterstock