Durante uma conferência do Fórum Econômico Mundial, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que as pressões inflacionárias que marcaram 2021 devem menores neste ano.
Segundo ela, o BCE mantém a posição de que novos aumentos nas taxas de juros do país, que em teoria ajudam a desacelerar a alta dos preços, não serão necessários em um futuro próximo.
Em dezembro, a inflação no bloco chegou a 5%, mais que o dobro da meta prevista pela instituição monetária. Segundo Lagarde, porém, as pressões devem diminuir principalmente por conta da estabilização no preço da energia elétrica e pela resolução no gargalo industrial do continente.
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As declarações acontecem ao mesmo passo em que os Estados Unidos estudam aumentar os juros do país em março, desacelerando a economia que vem se recuperando da pandemia do novo Coronavírus.
Os aumentos nos juros são tendência em todo o mundo. No Reino Unido, por exemplo, cuja inflação também ficou acima do esperado, as taxas subiram no início deste mês.
No Brasil, a taxa básica de juros, a Selic, vem aumentando desde o ano passado, com mais perspectivas de reajustes nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
A única potência a ir na direção contrária à do mundo é a China, que reduziu os juros nesta semana procurando alimentar uma economia prejudicada pelo avanço da Ômicron e pela crise no mercado imobiliário.
Foto: Reuters / Reprodução