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Apagão de dados: greve no BC atrasa Focus e IBC-Br e pode prejudicar a próxima reunião do Copom

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A greve de servidores do Banco Central (BC), que já dura mais de duas semanas, começa a prejudicar a divulgação de dados econômicos divulgados pela autarquia. O Boletim Focus, publicado semanalmente, foi adiado pela segunda vez nesta segunda-feira (11), e dados como o IBC-Br e investimentos estrangeiros diretos foram adiados. 

Os dados são importantes para a economia brasileira. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado como uma prévia do PIB, é uma métrica importante para decisões de curto prazo em instituições financeiras. 

Os investimentos estrangeiros diretos de fevereiro, que deveria ter sido publicados na semana retrasada, são importantes para acompanharmos a evolução econômica brasileira frente às novas pressões geopolíticas no mundo, como a guerra na Ucrânia e o novo ciclo das commodities. 

Segundo o Sindicato dos Funcionários do Banco Central, a organização das próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), marcadas para acontecer nos dias 3 e 4 de maio, podem ser prejudicadas, assim como o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef). Isso porque uma negociação do sindicado que prevê uma lista de serviços que não podem ser interrompidos não inclui a reunião de política monetária. 


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Outros serviços que devem ser prejudicados incluem o Relatório da Poupança, divulgação de dados de operações do PIX e estudos sobre a implementação do Real Digital. Segundo a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB), o adiamento da remuneração de instituições financeiras em operações de PIX representam um prejuízo diário de R$ 2 milhões. 

Os servidores do BC cobram por um reajuste salarial de 26,6%, que foi uma promessa do governo federal. Paralisações já aconteciam na autarquia desde o fim de 2021, mas a aprovação de R$ 1,7 bilhão destinada para reajustes na categoria de policiais federais agravou a situação. 

Os servidores se reuniram com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e representantes do Ministério da Economia, mas nenhum acordo foi assinado. Um novo encontro com o presidente do BC deve acontecer nesta terça-feira (12), mas por enquanto os líderes sindicais dizem que Campos Neto “não trouxe nenhuma proposta oficial e nenhuma novidade”. 

Uma nova assembleia da categoria está marcada para acontecer nesta terça-feira (12) para discutir os pontos que devem ser apresentados por Campos Neto na reunião de amanhã. 

Foto: Agência Brasil / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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