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Ambição e otimismo: como a Messem Investimentos se reinventou apesar das crises

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No dia 9 de agosto de 2015, uma quarta-feira, a Standard&Poors, uma das agências de classificação de risco mais respeitadas do mercado financeiro, retirava o grau de investimento brasileiro e o rebaixava de “BBB-” para “BB+”, menos de 60 dias após avaliarem que a situação brasileira era negativa. 

“Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a pesar na capacidade do governo e vontade de submeter ao Orçamento de 2016 ao Congresso consistente com a política de ajuste fiscal assinalada durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”, havia destacado a S&P na época. 

Assim, o Brasil entrava na categoria de baixa classificação, de especulação. Isso refletia um sentimento geral do mercado há alguns anos: as contas públicas não iam bem. 

Era um momento bem diferente da primeira década do milênio no Brasil, encerrada com um grande crescimento econômico, boom nas commodities, entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMS) e um Brasil muito mais bem-visto no mercado internacional. 

Quase um ano após a mudança de classificação de risco brasileira, em 31 de agosto de 2016, a recém reeleita Dilma Rousseff era afastada do cargo por crime de responsabilidade. Os eventos não possuem correlação direta, mas ampliaram a percepção de que as contas brasileiras não iam bem e que o país não era um destino sério para investimentos. 

Embora o principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, tenha encerrado o ano com ganho de 29,62% após seis anos de quedas, os embates políticos, atenuações na polarização brasileira e contas públicas problemáticas pintavam um cenário de incerteza para a economia brasileira. 

Em momentos incertos, a credibilidade e seriedade das contas públicas de um país são questionadas. Naturalmente, isso acaba afastando o investidor que prefere ver seu capital retornando de maneira mais estável. 

E o que fazer nesses momentos de incertezas

“De 2007 para cá, passamos por todos os piores cenários que podíamos imaginar, desde crise dos subprime até as instabilidades trazidas com a reeleição da Dilma, casos de corrupção, pandemia e guerra”, afirma William Teixeira, head da área de Renda Variável da Messem Investimentos. “Nós, porém, não paramos de crescer nesses momentos”. 

Em 2016, a Messem Investimentos, já há nove anos no mercado, alcançava o seu primeiro R$ 1 bilhão sob custódia. Foi também naquele ano que a empresa abria seu primeiro escritório fora do Rio Grande do Sul, colocando sua marca na cidade de São Paulo e abrindo mais um capítulo nos desafios de expansão. 

Demorou nove anos para a Messem atingir seu primeiro “bi” sob custódia, mas apenas um ano e nove meses para alcançar o segundo. O terceiro bilhão veio após nove meses, e o seguinte após sete. A empresa crescia ao mesmo tempo em que os bilhões iam se acumulando e os desafios crescendo. 

Na época, a expansão do Rio Grande do Sul para São Paulo foi um desafio “enorme”, conta William. Com a expansão da equipe, fazer com que todos falem a mesma língua é difícil. 

“O discurso tem que ser o mais redondo possível, desde a diretoria até as lideranças”, aponta ele. “Os níveis de lideranças, neste caso, garantem que a comunicação seja eficiente”. 

Mesmo considerando os turbilhões políticos e econômicos de 2016, não era a primeira instância em que a Messem havia enfrentado uma crise de abalar os ânimos. Em 2008 e 2009, com o estouro da crise dos subprime, o mercado econômico brasileiro praticamente se reinventou. 

Na época, com quedas seguidas no mercado, muitos investidores zeraram suas posições, enquanto grandes corretoras como a XP Investimentos buscavam trazer grandes referências de fora e impulsionada o movimento de desbancarização. 

Para William, o segredo dos bons desempenhos apesar de cenários desfavoráveis está no otimismo e ambição

“O nosso papel, afinal, é de adaptar as nossas posições e recomendações nesses cenários e ajudar o cliente a ter resultados independentemente do quadro que se pintar”, diz ele. “A ambição sempre esteve dentro do nosso DNA. Nunca achamos que seríamos pequenos, ou mais um no mercado. Queremos ser o número um”. 

Desde o início da década de 2010, as eleições presidenciais no Brasil viraram sinônimo de instabilidade e turbulência, trazendo novos desafios para uma empresa que buscava a sua consolidação no mercado. Em 2014, com a eleição de Dilma Rousseff, o mercado sentia o cenário de incertezas com os questionamentos acerca do processo eleitoral e as contas públicas prejudicadas. 

“Todo ano tivemos alguma coisa bizarra acontecendo no mercado”, aponta William, que também acredita que os constantes atritos prejudicam a seriedade de um país. Para ele, porém, apesar dos ruídos políticos, é sempre importante manter uma posição otimista com a atual administração brasileira. 

“Não existe espaço no Brasil para apenas uma pessoa ditar as regras do jogo, o país é grande e cheio de instituições consolidadas, e isso independe de quem estiver no Planalto e de quem conduzir a política econômica”, afirma ele. “A gente não tem que querer um candidato, mas trabalhar com o que tem”. 

Com a pandemia de COVID-19, o papel das lideranças se tornou ainda mais fundamental

2020 certamente foi um ano singular no mercado financeiro. Embora as crises econômicas sempre representassem um grande impacto, a pandemia de COVID-19 também trouxe desafios ainda maiores nas vidas pessoais. 

Você com certeza se lembra dos vários meses de isolamento social, preocupações com a família e um mercado altamente volátil. Nestes momentos de cautela, é natural que o psicológico das pessoas fique prejudicado, e isso não é exceção no mercado financeiro. 

“Momentos de crise afetam muito a cabeça do assessor e cliente, afinal ninguém está isolado da sociedade”, diz William Teixeira. 

Neste momento de incertezas, as mais diversas lideranças da Messem Investimentos desempenham um significativo compromisso para manter os dois pés no chão. 

“Tivemos um trabalho muito forte entre os sócios de manter as pessoas focadas no seu dia a dia e nos seus objetivos”, afirma William. “O nosso papel é de olhar para as pessoas e falar: isso já aconteceu antes e o mundo não vai acabar. As coisas vão voltar, vamos nos reerguer, continuar crescendo, ajudando o nosso cliente”. 

Para exemplificar como o mercado geralmente se recupera após períodos difíceis, William destacou que, em março de 2020, quando a pandemia estourou no mundo, o principal indicador da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou o mês com 30% de queda, a maior em 22 anos. Ao término do ano, porém, o saldo era positivo de 2%. 

“Nunca fizemos tantos eventos e palestras online como no início da pandemia”, aponta William. Em janeiro daquele ano, a Messem Investimentos atingia R$ 8 bilhões sob custódia, que regrediu após o período de isolamento iniciado em março. Depois de recuperar os R$ 8 bi novamente em maio, o nono foi alcançado em junho. 

Esse cenário, aponta ele, mostra o quanto a crise afetou o ímpeto dos investidores de aplicar dinheiro na época. 

Trabalho contínuo 

É dito no mercado financeiro que crises podem ser grandes oportunidades para se reinventar. Na Messem Investimentos, isso acontece na base diária. 

Se desafiar constantemente, aprender e desenvolver são importantes pilares que acompanham a trajetória da companhia desde o seu nascimento em Caxias do Sul. Desde lá, o que a gente conhece como mercado de investimentos mudou quase que totalmente. 

Em um mercado sofisticado, aponta William, acompanhar esse desenvolvimento é a grande sacada. 

“Antigamente, não existiam derivativos exóticos, opções flexíveis e a maioria das estruturas que usamos hoje”, aponta ele. “O que a gente fazia em 2007~2008 é completamente diferente do que a gente faz hoje. O mercado é dinâmico”. 

Juan Tasso - Smart Money

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