De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial brasileira, retraiu 0,68% em julho, a menor taxa da série histórica iniciada em 1980.
Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 10,07%, um pouco abaixo do esperado e desacelerando ante a alta anual de 11,89% registrada no mês anterior. No ano, a inflação acumula alta de 4,55%.
No mês de julho, a retração de 0,68% foi estimulada pela queda no setor de Transportes (-4,51%), que contribui com uma queda de 1 p.p. no índice do mês. Os combustíveis (-14,15%) foram o grande destaque do mês, com a gasolina caindo 15,48% e etanol 11,38%.
A queda na gasolina foi impulsionada por dos reajustes nos preços que saem das refinarias da Petrobras. Em julho, duas reduções, uma de 4,94% e outra de 3,88%, levaram o preço por litro do combustível para R$ 3,71.
Além disso, a medida aprovada pelo governo que limita a cobrança do ICMS para produtos essenciais também contribui para o custo mais baixo da gasolina.
Ainda no grupo de Transportes, porém, houve alta de 8,02% nas passagens aéreas, apesar das reduções nos combustíveis de aviação.
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Abaixo, acompanhe a variação da inflação por grupos:
Índice geral | 0,68% |
Alimentação e bebidas | 1,30% |
Habitação | -1,05% |
Artigos de residência | 0,12% |
Vestuário | 0,58% |
Transportes | -4,51% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,49% |
Despesas pessoais | 1,13% |
Educação | 0,06% |
Comunicação | 0,07% |
Considerando o grupo de Habitação, destaca a queda de 5,78% na energia elétrica residencial.
“Após a sanção da Lei Complementar 194/22, vários estados reduziram a alíquota de ICMS cobrada sobre os serviços de energia elétrica. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou as Revisões Tarifárias Extraordinárias de 10 distribuidoras espalhadas pelo país”, aponta o IBGE.
No grupo de Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio (0,63%) teve a maior alta do mês. O leite longa vida (25,46%) teve o maior impacto (0,22 p.p.) no mês, sendo que já havia subido 10,72% no mês anterior. Por outro lado, tomate (-23,68%), batata-inglesa (-16,62%) e cenoura (-15,34%) sofreram quedas.
O grupo de Vestuários desacelerou ante o mês anterior (1,67% para 0,58%), com destaques para alta nas roupas masculinas (0,65%) e roupas femininas (0,41%). O item de calçados e acessórios (1,05%) também sofreu variação positiva.
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