O Produto Interno Bruto (PIB) dos países pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desacelerou no segundo trimestre e cresceu 0,3% na comparação com trimestre imediatamente anterior.
Na base anual, o crescimento econômico dos países foi de 2,7%, abaixo do crescimento de 4,4% registrado no período de janeiro a março deste ano.
Ao término do ano, a OCDE acredita que o bloco terá crescimento econômico de 3% em 2022, projeções bem abaixo dos 4,5% indicados em dezembro. O estuda comenta que o mundo ainda pagará um “caro preço” pela guerra na Ucrânia.
No Brasil, o PIB está projetado para encerrar o ano em 0,6% para 2022 e 1,2% em 2023. Na Zona do Euro, o crescimento econômico será de 2,6% ao término do ano, segundo a pesquisa.
“Como a Rússia e Ucrânia são grandes exportadoras de commodities, a guerra impulsionou os preços de energia e alimentação, deixando a vida de muitas pessoas no mundo inteiro mais difícil”, disse a OCDE.
Hoje, Rússia e Ucrânia correspondem a aproximadamente 30% das exportações globais de trigo, 20% para fertilizantes e gás natural e 15% de milho. Na Europa, a dependência no mercado energético das importações russas passava de 30% antes do início da guerra.
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Abaixo, acompanhe a variação nos custos das commodities, em %, desde janeiro deste ano:
A situação, juntamente aos cortes de suprimento de gás promovidos pela Rússia, empurrou o continente europeu para as mais altas taxas inflacionárias da história da Zona do Euro. Na Alemanha, as pressões nos preços obrigaram o governo a cortar parte do IVA que incide sobre o gás natural para a população não ser duramente atingida.
As projeções da organização apontam que o cenário pode ficar ainda mais nebuloso no futuro, com os custos da guerra ficando cada vez mais caros. A crise energética e de alimentação envia hoje fortes pressões inflacionárias nos países, em especial os de baixa renda.
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