Acontece neste fim de semana o Super Bowl LVI, a grande final que marca o fim da temporada da National Football League (NFL), competição nacional de futebol americano. Neste domingo (13), o Cincinnati Bengals enfrentará o Los Angeles Rams, batalha que acontecerá no SoFi Stadium em Los Angeles.
O futebol americano é um dos esportes mais populares dos EUA, e um dos maiores do mundo. Em 2019, por exemplo, último ano antes da pandemia, a audiência passou de 98 milhões de espectadores durante o dia da grande final.
Além do grande dia para o esporte, o Super Bowl também é conhecido por dois outros grandes eventos: o Half-Time Show e as famosas propagandas de TV.
O Half-Time Show acontece após o término do segundo quarto. Classicamente, grandes artistas internacionais fazem grandes performances durante o intervalo, como o The Weeknd durante o Super Bowl do ano passado e Shakira e Jennifer Lopez em 2020.
Neste ano, o show de intervalo deve ser comandado por Eminem, Snoop Dogg, Mary J. Blige, Kendrick Lamar e Dr. Dre.
Hoje, porém, vamos falar de outro grande evento que acontece simultaneamente ao jogo.
Dia de Super Bowl também é o dia da propaganda
Pode parecer exagero, mas o Super Bowl também é um disputadíssimo grande evento para marcas dos Estados Unidos, especialmente as que possuam dinheiro o suficiente para entrar na brincadeira.
Além da presença de artistas globais e grandes produções, as propagandas que passam durante o intervalo do Super Bowl também são conhecidas pelo uso do humor absurdo, que chega a ser infame em algumas delas.
Abaixo, confira como geralmente é uma propaganda que passa durante os intervalos:
A propaganda acima é da companhia General Motors, que dispensa apresentações. É uma sátira que “responde” a uma suposta superioridade da Noruega, que vende mais carros elétricos per capita que os EUA. Tudo isso contando com a presença do ator e humorista Will Ferrell.
Desconsiderando todos os custos de elenco e produção, que já não são baratos, você sabia que essa propaganda custou pelo menos US$ 16,5 milhões só para ir ao ar durante o intervalo do Super Bowl?
Em 2021, segundo cálculos do Superbowl-ads.com, cada 30 segundos de propaganda durante o Super Bowl custaram, na média, US$ 5,5 milhões. Em números de receita de anúncios, a competição gerou US$ 484,7 milhões.
Se você acha o valor absurdo, pense de novo: em 2021, 96,2 milhões de pessoas acompanharam a competição no canal de TV da CBS.
É por isso que, quando se trata de Super Bowl, quanto mais absurda a propaganda, melhor. Afinal, cada empresa possui pouco tempo para chamar a atenção de uma audiência que passa de 100 milhões de pessoas.
Em 2022, o valor para cada 30 segundos de propaganda na TV ficou ainda maior. Segundo a NBC, alguns contratos foram fechados custando US$ 7 milhões, e a média deve ficar por volta de US$ 6,5 milhões.
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Vale a pena?
Se você é a General Motors, a resposta talvez seja mais simples. Mas, para companhias um pouco menores, US$ 7 milhões para 30 segundos de anúncio, desconsiderando todos os custos envolvidos na produção, não é de se jogar fora.
Mesmo assim, na opinião de especialistas em propaganda, vale cada centavo.
O Super Bowl é um evento como nenhum outro. Geralmente, o consumidor costuma ignorar as propagandas que passam durante intervalo de filmes, seriados e jogos em geral. Intervalo quase vira sinônimo de levantar-se do sofá, tomar um copo d’água e ir ao banheiro.
Durante o Super Bowl, porém, a propaganda é um evento por si só. É uma oportunidade única para as marcas disputarem a atenção de uma gigantesca audiência de pessoas.
No final, o que importa – além do dinheiro – é o nível de criatividade das empresas que compram spots na TV. Você conseguiria produzir uma história cativante que engaja, entretenha e venda sua marca em 30 segundos? Este é o grande desafio anual das marcas que participam do Super Bowl.
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