Nesta segunda-feira (09), o chefe da delegação russa nas negociações de paz, Vladimir Medinsky, afirmou que as negociações com autoridades ucranianas continuam de forma remota. De acordo com ele, no entanto, o retorno dos encontros presenciais ainda parece distante.
“Negociações em formato remoto não foram encerradas”, apontou em entrevista à agência russa Interfax. Para que encontros presenciais aconteçam, Medinsky afirmou que é necessário desenvolver pautas mais específicas.
O último encontro presencial entre as delegações dos dois países em conflito foi no dia 29 março, há mais de um mês. Na última quinta-feira (05), a invasão russa em território ucraniano completou 10 semanas.
No dia 24 de fevereiro, o presidente russo Vladimir Putin anunciou o início de uma operação militar especial na Ucrânia com o objetivo de ‘desnazificar’ o país vizinho. Para encerrar o conflito, Moscou exige que a Ucrânia se mantenha neutra, sem aderir a blocos militares como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e também o reconhecimento da independência das repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk.
Hoje, durante as comemorações do Dia da Vitória – data que marca a queda da Alemanha Nazista –, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Ucrânia não proporcionou a oportunidade de uma resolução pacífica para o impasse no Donbass.
“Se houvesse ao menos uma chance de resolver esse problema (do Donbass) por outros meios pacíficos, nós – é claro – aproveitaríamos essa chance, mas eles não nos deram essa chance”, apontou o presidente russo.
Em seu Twitter, o assessor da presidência da Ucrânia Mykhailo Podoliak voltou a falar sobre o conflito hoje, reafirmando que o conflito entre as duas nações é resultado das ‘ambições imperialistas’ do Kremlin.
“Os países da OTAN não iriam atacar a Rússia. A Ucrânia não planejava atacar a Crimeia. Os militares russos estão morrendo, não defendendo seu país, mas tentando ocupar outro. Não havia razões racionais para esta guerra além de ambições imperiais doentias da Rússia” apontou Podoliak.