De acordo com a última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação brasileira apresentou deflação de 0,36% em agosto na comparação com o mês imediatamente anterior.
Na taxa anual, que considera o acúmulo dos últimos 12 meses, o IPCA ficou em 8,73%, uma desaceleração comparada com a taxa de 10,07% do mês anterior.
O grupo de Transportes foi o maior impacto negativo o mês, caindo 3,37% na taxa mensal de agosto, impulsionado por quedas na gasolina (-11,64%) e etanol (-8,67%) e passagens aéreas (-12,07%).
Os combustíveis seguem uma tendência de queda de preços na mesma medida em que o petróleo cai no mercado internacional. A guerra na Ucrânia chegou a empurrar a commodity para US$ 130 por barril, mas hoje fica abaixo de US$ 95.
Acompanhando o mercado, a Petrobras promoveu quatro cortes nos preços da gasolina que sai da refinaria da estatal. Desde a segunda semana de junho, o custo por litro do combustível foi reduzido de R$ 4,06 para R$ 3,28.
Apesar da deflação de agosto no IPCA, o indicador dos alimentos e bebidas segue subindo, acumulando alta de 13,43% em agosto com uma alta mensal de 0,24%.
Saiba mais
IPCA: deflação foi de 0,36% em agosto
A alimentação em domicílio acumula alta de 15,63%, enquanto a fora de domicílio subiu 7,75%.
Produtos básicos como farinha de trigo (33,22%), arroz (17,40%), feijão carioca (22,67%) e leite longa vida (60,81%) são os grandes destaques de altas anuais dentro do grupo de alimentos.
Tubérculos, raízes e legumes sofreram uma variação positiva de 18,90% na taxa anual, com altas na batata-doce (24,09%), batata-inglesa (25,12%), cebola (91,21%), cenoura (22,26%) aipim (10,06%) registrando alta no mês.
Produtos envolvendo açúcar e derivados (15,12%), como sorvetes (15,99%), chocolate e achocolatado em pó (11,08%) e açúcar cristal (17,51%) também sofreram variação positiva.
Hortaliças e verduras subiram 15,64%, impulsionadas por couve (16,88%), brócolis (22,27%), couve (16,88%) e cheiro-verde (15,27%). Frutas (32,03%) foram impactadas por banana prata (31,07%), maçã (32,10%), manga (47,05%), melão (79,34%), morango (30,64%) e melancia (61,88%).
Por outro lado, as carnes (1,73%), que subiram consideravelmente no ano passado, apresentam pouca variação na variação dos últimos 12 meses. A carne de porco caiu 3,30%, com quedas também sendo registradas em filé-mignon (-2,89%), músculo (-1,95%) e pescada (-2,15%). Produtos como bacalhau (9,87%), mortadela (8,30%), picanha (6,30%) e alcatra (6,29%), porém, subiram.
Apesar das altas nos alimentos brasileiros, alguns produtos sofreram variação negativa considerando os últimos 12 meses, como o arroz (-6,36%), tomate (-8,18%), pimentão (-17,61%), feijão preto (-13,51%) e abobrinha (-25,72%).
Quer começar a investir com o auxílio de um assessor de investimentos?
Clique no link, conheça a Messem Investimentos e inicie a sua jornada no mundo dos investimentos.