A inflação da zona do euro recuou mais do que o esperado em janeiro. Os dados preliminares do Índice Harmonizado de Preços ao Consumidor (HICP, na sigla em inglês) foram divulgados na manhã desta quarta-feira (01) pela Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE).
O indicador apontou uma deflação de 0,4% na taxa mensal da inflação da região, um recuo maior que os 0,3% projetados pelo mercado. Na taxa anual, acumulado em 12 meses, o indicador desacelerou para uma alta de 8,5% – também abaixo dos 9,0% projetados pelo mercado.
Depois de renovar máximas históricas ao longo de 2022 e chegar a um acumulado de 10,6% em outubro, a inflação da zona do euro vem arrefecendo. O Indicador havia caído para uma alta de 10,0% em novembro e voltou a ficar abaixo dos 10% em dezembro, encerrando 2022 com uma inflação acumulada de 9,2%.
É importante ressaltar que a inflação é o principal dado no radar do Banco Central Europeu (BCE), autoridade monetária da zona do euro. A instituição divulga amanhã (02) sua decisão de política monetária e deve reforçar no comunicado seu compromisso em trazer a inflação da região de volta a meta de 2% ao ano no médio prazo.
Por enquanto, uma desaceleração no ciclo de aperto monetário parece improvável e o mercado espera que o BCE aumente os juros da região em 50 pontos-base na reunião desta quinta-feira. No entanto, a continuação do arrefecimento da inflação pode dar à instituição a oportunidade para diminuir o aumento dos juros no futuro.
A zona do euro é um bloco composto por 20 países que adotam o euro como moeda oficial, sendo eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.
Bulgária, Dinamarca, Hungria, Polônia, Romênia, Suécia e Tchéquia são países-membros da UE, mas adotam tem sua própria moeda oficial.
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