A BK Brasil (BKBR3), que administra as redes de lanchonetes Burger King e Popeyes, fechou o penúltimo trimestre do ano com R$ 105,9 milhões em prejuízos. No mesmo período do ano passado, a empresa tinha lucrado R$ 5,4 milhões. O BK já sofreu um prejuízo de R$ 348,3 milhões desde janeiro até setembro deste ano.
A Receita Operacional Líquida (ROL) da empresa no 3T20 foi de R$ 522,3 milhões, uma queda de 27,8% quando comparada com o mesmo período do ano passado. O lucro antes juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) foi de R$ 16,9 milhões negativos, sendo que o indicador no mesmo período do ano passado foi de R$ 103,5 milhões positivos.
O caixa líquido da empresa do 3T19, que era de positivos R$ 47,8 milhões, se transformou em uma dívida líquida de R$ 466,6 milhões no 3T20. Esse é referente à diferença do caixa total disponível de R$ 471,3 milhões com o endividamento bruto, que estava em R$ 937,8 milhões.
A empresa culpa a pandemia do novo Coronavírus como motivo principal da queda das receitas. Além disso, disseram que a tendência agora é de melhora, e que as vendas já cresceram em 80% comparadas com o trimestre anterior por conta da reabertura das lojas e flexibilização das restrições. Por conta da pandemia, o serviço de delivery da empresa bateu recorde de vendas, arrecadando R$120,1 milhões, valor 210% maior que o mesmo período no ano passado.
A receita dos canais digitais do BK também cresceu no 3T20, subindo de R$ 43,0 milhões para R$ 136,3 milhões, atingindo 22,7% da receita.
Para ajudar no plano de recuperação, o BK anunciou nesta sexta-feira (6) que está avaliando fazer uma oferta pública de distribuição primária de ações. A intenção é a de capitalizar de recursos para acelerar o processo de transformação digital da empresa, além de remodelar os restaurantes existentes.
Foto: Reuters / Divulgação