Você já ouviu falar na expressão “quanto mais cedo você começar a investir, melhor”?
O mercado financeiro é, a cada ano que passa, mais popular no país. De acordo com números oficiais da B3, nossa Bolsa de Valores oficial brasileira, o número de investidores individuais cresceu mais de 30% em um ano até o fim de novembro.
São mais de 5,4 milhões de contas que movimentam R$ 36,31 bilhões em transações diárias!
O início da jornada de um investidor nem sempre é fácil, principalmente para quem possui pouco conhecimento no assunto. Muitos também acreditam que você precisa, necessariamente, de uma renda alta e uma certa quantia guardada. Porém, como já mostramos, você pode começar a investir até mesmo com R$ 1.
Mas digamos que você, após um bom período de festas e recesso, decida começar a investir em 2023. Por onde eu começo?
Planejamento é tudo
Antes de compreender onde seu dinheiro estará rendendo, é importante que você faça uma boa análise do seu patrimônio e gastos. Uma planilha bem organizada pode ser sua melhor amiga neste caso.
Abaixo, confira alguns questionamentos que podem te ajudar no início desse planejamento:
- Quanto da minha renda gasto em aluguel ou contas da casa?
- Quanto consigo poupar por mês?
- Quanto estou pagando de dívidas? (Neste caso, é sempre importante que seu valor poupado mensalmente não seja menor que as dívidas e juros a serem pagos).
São questionamentos simples que podem auxiliar nos seus primeiros passos como investidor. Muitas vezes, através de uma boa organização, descobrimos que conseguimos poupar mais do que prevíamos.
Uma das melhores dicas sobre organização financeira é a aplicação da regra do 50-30-20:
50% da renda deve ser destinada a gastos obrigatórios, como aluguel, supermercado, contas de luz e água;
30% deve ser destinada para gastos opcionais, como lazer, restaurantes e delivery de comida em dias de grande cansaço;
20% deve ser destinado para a quitação de dívidas, como cartão de crédito, e a investimentos, como reservas de emergência e previdência.
Descubra seu perfil de investidor
Chegou o momento de você descobrir quais investimentos combinam mais com a sua carteira. De forma prática, o mercado financeiro possui três tipos de perfis de investidor:
Conservador: opta por mais segurança na tomada de decisões, assumindo menos riscos e possuindo mais previsibilidade nos rendimentos, mesmo que isso signifique retornos melhores. De forma geral, carteiras do perfil conservador possuem cerca de 80% alocados em Renda Fixa, mas investimentos em Renda Variável que assumem riscos menores, como os Fundos Imobiliários, também são uma boa opção.
Moderado: assume mais riscos que o perfil conservador, buscando mais rentabilidade e produtos mais arrojados do mercado financeiro, desde que isso não prejudique a estabilidade da sua carteira.
Agressivo: se você gosta de buscar mais rentabilidade em um mercado volátil, embora isso signifique riscos substancialmente maiores, o perfil agressivo é o que mais combina com você. Produtos mais arrojados, como ações e criptomoedas, podem fazer parte da sua carteira.
Nesta etapa, é importante que você pesquise um pouco mais sobre o mercado financeiro e que também pratique uma certa autoanálise. Afinal, onde quero chegar com a rentabilidade do meu patrimônio?
Diferentes investidores possuem prioridades e objetivos distintos. Caso sua prioridade seja a criação de uma aposentadoria privada, por exemplo, é provável que produtos que assumem menos riscos e que rentabilizam bem ao longo prazo sejam opções viáveis.
Diversifique sua carteira
A diversificação é uma das coisas mais importantes do mercado financeiro, mesmo considerando investimentos de baixíssimo risco.
A diversificação não só promove uma maior segurança da sua carteira como também pode auxiliar na sua rentabilidade. Caso um ativo tenha um baixo desempenho, outros produtos na sua carteira podem compensar, e até mesmo surpreender.
No caso de investimentos de alto risco, a diversificação torna-se ainda mais essencial.
Confie em um especialista
O mercado brasileiro conta com grandes opções de corretoras e escritórios de investimento devidamente credenciados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Como comentamos, começar a investir não é um bicho de sete cabeças, mas a opinião de um especialista pode aprimorar a segurança de sua carteira e melhorar sua rentabilidade com produtos melhores no mercado.
Por ser volátil e em constante movimento, estamos sempre propensos a sermos influenciados na nossa tomada de decisão pelos mais diversos fatores psicológicos.
No mercado financeiro, cada decisão pode significar uma grande perda – ou ganho – de patrimônio. Embora analisemos a todo momento os acontecimentos do mercado e não gostamos de admitir que o emocional nos induz na tomada de decisões, esse fator certamente nos acompanha no dia a dia.
Reserva de emergência
Gastos imprevistos são comuns na vida de todos nós. É importante que parte da sua renda poupada seja destinada para uma reserva de emergência, de liquidez imediata e formada de investimentos com baixo risco.
De forma geral, é importante que você tenha o equivalente a 3 a 6 meses de renda mensal guardados para esse tipo de situação.
Isso pode evitar grandes dores de cabeça no futuro. O mercado financeiro possui diversos produtos onde a liquidez não é imediata, na troca de uma rentabilidade que costuma ser maior.
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