A Copa do Mundo está chegando! No dia 20 de novembro, a bola rola para mais uma edição do maior evento do futebol mundial. Neste ano, o país-sede é o Catar, um pequeno país no Oriente Médio que tem chamado muita atenção ao longo dos últimos anos.
Mas você, leitor, conhece o Catar? O que você sabe sobre a economia do país? Hoje, separamos para você um conteúdo superespecial sobre o país onde Neymar, Vini Jr. e companhia brigarão para trazer o hexa para o Brasil.
O Catar
O país ocupa a Península do Catar, um pequeno território que localizado na costa nordeste da Península Arábica. A população estimada do país é de aproximadamente 2,8 milhões de pessoas, das quais apenas cerca de 300 mil são catarianos nativos.
Atualmente, o país é administrado por uma monarquia absoluta. O sheik Tamim bin Hamad al-Thani é o Emir do Catar e governa o país desde 2013, quando assumiu o país depois de seu pai abdicar do trono.
Por se situar em uma planície árida, o Catar tem um clima desértico e um longo verão com temperaturas que podem se aproximar dos 50°C. Exatamente pelas altas temperaturas, a Federação Internacional de Futebol e o comitê organizador da Copa do Mundo decidiram mover o evento do seu período tradicional – de junho a julho – para o final do ano. De dezembro a março, a temperatura média no país cai para os 26°C.
A moeda local
A moeda oficial do país-sede da Copa do Mundo é o rial catariano (QR). Curiosamente, a pronúncia correta para a moeda do Catar é igual à nossa moeda oficial: real.
Hoje, um rial vale aproximadamente R$ 1,40 na cotação comercial – utilizada entre empresas – e cerca de R$ 1,80 na cotação de turismo – acessível para quem está comprando a moeda para viajar ao país.
O palco da final da Copa do Mundo, o Estádio Lusail, estampa atualmente a nota de QR 10. Com capacidade para mais de 80 mil espectadores, a arena é a grande obra feita pelo governo do Catar para o evento e deve se tornar um dos grandes símbolos do país asiático.
A economia do Catar
Como boa parte dos países da região, a economia do Catar gira em torno das commodities energéticas. O país tem grandes reservas de petróleo, mas o grande motor da economia local não é a comercialização do óleo bruto.
A Opep+ aponta que o país produz cerca de 2 milhões de barris de petróleo por dia (bpd). Um número alto, mas bastante aquém dos principais produtores do mercado internacional. A Arábia Saudita – único país com fronteiras terrestres com o Catar –, por exemplo, produz cerca de 11 milhões de bpd.
O Catar se retirou da Opep+ em 2018 para concentrar seus esforços no mercado de gás natural liquefeito. Atualmente, é o maior exportador do mundo de gás natural, commodity que está no centro de uma das maiores crises energéticas da história na Europa.
A atividade petroleira representa mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Catar e cerca de 85% do saldo de exportações da balança comercial do país. Projeta-se que o país tenha 5% das reservas de gás natural do planeta.
Investimentos estatais
Em 2005, o governo catarense fundou a Autoridade de Investimento do Catar (QIA, na sigla em inglês). O objetivo da entidade é fortalecer a economia do país a partir da diversificação da atividade econômica em diferentes setores.
A entidade investe em uma ampla gama de atividades e sua subsidiária mais conhecida ao público brasileiro provavelmente é a Qatar Sports Investments (QSI). A QSI é a dona do Paris Saint-Germain (PSG), atual clube do craque da seleção brasileira Neymar.
Um dos maiores focos do QIA é fomentar a atividade turística. O governo local conta com a Copa do Mundo como uma vitrine para chamar a atenção de viajantes para o Catar.
Quanto custou fazer a Copa do Mundo 2022?
A Copa do Mundo 2022 é a copa mais cara da história. Este fato isolado pode não lhe surpreender ou causar espanto, mas confira abaixo a tabela com as 5 edições mais caras o evento:
| Edição | Custo |
| Catar (2022) | US$ 220,0 bi |
| Brasil (2014) | US$ 15,0 bi |
| Rússia (2018) | US$ 11,6 bi |
| Coréia do Sul e Japão (2002) | US$ 7,0 bi |
| Alemanha (2006) | US$ 4,3 bi |
Os custos para a realização da Copa do Mundo no Catar são 15 vezes maiores que o recorde anterior, estabelecido pela edição organizada pelo Brasil em 2014. A razão disso? Como dito anteriormente, o governo do Catar enxerga o evento como um ‘estopim’ para a modernização do país e para o desenvolvimento do turismo em território catarense.
Ao redor do Estádio Lusail, por exemplo, foi construída uma cidade completamente nova na região da capital Doha. Os oito estádios da copa custaram, ao todo, US$ 10 bilhões ao governo catarense, enquanto o resto do orçamento foi direcionado para obras de infraestrutura – como aeroportos, metrô e até mesmo uma cidade inteira.
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