O Banco Central Europeu (BCE) elevou as três principais taxas de juros da economia europeia em 0,75 ponto percentual. A decisão foi tomada após dois dias de reunião do Conselho do BCE e publicada na manhã desta quinta-feira pela instituição.
Com a decisão, as taxas de Facilidade Permanente, Facilidade Permanência de Cedência de Liquidez e de Operações de Refinanciamento foram elevadas para 1,50%, 2,25% e 2,00% ao ano, respectivamente.
O novo aumento de 0,75 ponto percentual nos juros da zona do euro vem na esteira da escalada da inflação na região. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), segue batendo recorde históricos na zona do euro. Em setembro, a inflação acumulada em 12 meses na região chegou a 9,9%.
Em seu comunicado de política monetária, a instituição afirma que o Conselho do BCE projeta a continuação do aperto monetário nos próximos meses. O principal objetivo do BCE continua sendo trazer a inflação da zona do euro de volta para a meta no médio prazo.
“A inflação permanece muito alta e permanecerá acima da meta por um longo período. Em setembro, a inflação na área do euro atingiu 9,9%. Nos últimos meses, a alta dos preços de energia e alimentos, os gargalos na oferta e a recuperação da demanda pós-pandemia levaram a um aumento das pressões sobre os preços e ao aumento da inflação”, aponta o BCE.
O BCE ainda aponta que as novas taxas visam diminuir os incentivos à demanda para conseguir controlar o aumento dos preços no continente. No futuro, a política monetária deve se basear na evolução do quadro inflacionário e em como a economia do Velho Continente reage às diversas pressões macroeconômicas.
“O Conselho do BCE está pronto para ajustar todos os seus instrumentos dentro do seu mandato para garantir que a inflação se estabilize em sua meta de 2% no médio prazo”, aponta o comunicado.
Você pode conferir o comunicado na íntegra (inglês) no site do BCE.
A zona do euro é um bloco composto por 19 países que adotam o euro como moeda oficial, sendo eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal.
Bulgária, Dinamarca, Estônia, Hungria, Polônia, Romênia, Suécia e Tchéquia são países-membros da UE, mas adotam tem sua própria moeda oficial e, portanto, não tem sua política monetária sob a tutela do BCE.
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