Curiosidades

Por que somos tão avessos ao risco? 

3 Minutos de leitura

Tomar riscos é expor-se a situações com resultados inesperados e/ou com relevantes possibilidades de desfechos os quais não lhe interessam. Dessa forma, muitas pessoas optam por atitudes conservadoras, seja na sua vida pessoal, profissional e até mesmo com investimentos.  

Obvio que nem todos nós somos conservadores. Talvez você esteja lendo esse texto e pense: – mas eu sou agressivo com meus investimentos! Porém o ato de tomar riscos acontece em todos os âmbitos da nossa vida, seja com aplicações financeiras, profissional e até mesmo pessoal. 

Mesmo assim a maioria dos indivíduos tendem a ser avessos ao riscos, afinal quem gosta de ter um resultado fora das suas expectativas? – Ou por quê eu mudaria de emprego se estou estável, com uma boa remuneração e benefícios?  

Acontece que as vezes chegamos a conclusões em nossas vidas fazendo perguntas erradas a nós mesmos, ou pior, dando ênfase para determinados acontecimentos que possam ter ocorrido com a gente ou com terceiros, mas que rapidamente tomam lugar em nossa cabeça quando estamos julgando uma eventual tomada de decisão.   

Logo chegamos à conclusão que é melhor evitar riscos, e talvez essa conclusão tenha sido tirada em cima de um dos tópicos acima citados ou até mesmo um sentimento oriundo de gerações passadas, senso comum ou até mesmo uma herança genética que trazemos lá do período evolutivo das espécies. Sinceramente, não sei. São apenas suposições.  

O que eu sei é que o risco, em sua essência, não é necessariamente ruim.  

É preciso abrir a cabeça para como lidarmos com o nosso processo de tomada de decisão nos dias de hoje. Digo isso principalmente em desatrelar a palavra ”risco” de algo ruim. Na verdade, não correr riscos pode ser ruim.  

Tudo que deixamos de fazer, protelamos, paramos para pensar mais do que deveria por ‘’medo’’. Em todos esses momentos estamos assumindo riscos. E talvez esses sejam os mais perigosos! 

O risco não é ruim, apenas significa que o resultado possa ser diferente do que você almeja, tanto para mais quanto para menos. Então por que não tomar mais risco? 

No mundo moderno, muitas empresas ainda condenam, repreendem ou até não toleram falhas. E de forma alguma estou julgando se o modelo delas é bom ou não.  Porém a falha é um dos possíveis desfechos do risco. Uma vez que uma instituição é irredutível quanto a isso, é natural que seus colaboradores se exponham casa vez menos. 

E qual o impacto desse mindset

Você já deve ter ouvido falar aquela frase famosa: “-Coisas incríveis acontecem fora da nossa zona de conforto.” 

(Imagem: https://medium.com/kkempin/how-im-going-out-of-my-comfort-zone-5f4fe6947530) 

Pois é… muitas vezes as próprias empresas estão em suas respectivas zonas de conforto e por isso não permitem que seus colaboradores errem. 

Mas errar faz parte da evolução. Inovar, é tomar riscos. Determinados projetos vão prosperar e outros não, o importante é que o saldo final seja positivo. 

Empresas gigantes como a Amazon, criaram em sua cultura, conceitos de estimular tanto grandes ideias quanto o “fracasso bem-sucedido”. 

No case da Amazon em específico, foram desses “fracassos bem-sucedidos” que saíram o aprendizado e o start de novos projetos que trouxeram grandes realizações que geraram bilhões para a companhia, como a Alexia por exemplo. 

Mas minha intenção aqui não é comentar todo o case da Amazon. Na verdade, você pode aprender bastante sobre a forma como eles trazem liberdade aos funcionários e colaboradores para tomar riscos e inovarem através do livro “As Cartas de Bezos”. 

(Imagem: Amazon.com) 

A ideia é convidar vocês a refletirmos de uma maneira mais geral. Entendendo que até mesmo não tomar risco já é um risco por si só, precisamos saber como fazer isso da melhor forma. Eu particularmente gosto de iniciar de cima para baixo. 

Onde quero chegar? Por quê? Como? Quais riscos terei que correr? Quais os impactos desses riscos no meu projeto, no meu resultado, na minha vida pessoal e nos outros? 

E qual o retorno desse risco a ser tomado? Tem real possibilidade de me levar até meu propósito? Depende mais de mim do que de outras variáveis?   

Se você sabe responder essas perguntas, já está apto a tomar riscos. O próximo passo é gerenciar. Não se apegue as falhas, assuma que errou e erre curto. Parta para próxima. Respeite o seu planejamento. 

Essas dicas simples servem para lidar com riscos em quase qualquer aspecto, vida pessoal, profissional e até mesmo com investimentos.  

Mas lembrem-se, muitas vezes o maior risco é ficar parado! 

Willian Kahler

Willian Kahler é sócio e assessor financeiro responsável pela área de expansão da Messem Investimentos. No mercado há mais de 10 anos, Willian começou sua trajetória como assessor de investimentos certificado pela Ancord. Atraído pelo propósito de popularizar o conhecimento sobre o mercado financeiro e auxiliar pessoas a realizarem seus objetivos por meio de investimentos fora dos bancos tradicionais, tornou-se destaque em sua função. Há cinco anos está à frente do trabalho de contratação e treinamento de novos assessores e foi responsável pelo desenvolvimento e transição de carreira de mais de 350 profissionais. Como sócio também é responsável pelas estratégias de M&A e novas unidades da Messem, uma das maiores empresas de assessoria financeira do Brasil, com mais de R$ 17 bilhões em custódia.

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Sobre o autor
Willian Kahler é sócio e assessor financeiro responsável pela área de expansão da Messem Investimentos. No mercado há mais de 10 anos, Willian começou sua trajetória como assessor de investimentos certificado pela Ancord. Atraído pelo propósito de popularizar o conhecimento sobre o mercado financeiro e auxiliar pessoas a realizarem seus objetivos por meio de investimentos fora dos bancos tradicionais, tornou-se destaque em sua função. Há cinco anos está à frente do trabalho de contratação e treinamento de novos assessores e foi responsável pelo desenvolvimento e transição de carreira de mais de 350 profissionais. Como sócio também é responsável pelas estratégias de M&A e novas unidades da Messem, uma das maiores empresas de assessoria financeira do Brasil, com mais de R$ 17 bilhões em custódia.
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