Hoje iremos abordar um tema que teve muitos comentários nos últimos 15 dias sobre possível fusão entre RRRP3 (3R Petroleum) e ENAT3 (Enauta), duas empresas do setor de exploração de petróleo no Brasil. Abaixo explico um pouco de cada empresa.
A 3R Petroleum é uma holding que consolida investimentos em campos de óleo e gás e tem por objetivo revitalizar campos maduros localizados em terra (onshore) e em águas rasas (shallow water). “Redesenvolver, Revitalizar e Repensar” são os pilares que norteiam a estratégia de revitalização e incremento de produção e de reservas em campos maduros. O plano de crescimento da 3R Petroleum é baseado em crescimento orgânico, por meio do redesenvolvimento de seu portfólio atual.
A Enauta também é uma holding que faz investimentos em campos de óleo e gás e tem o mesmo objetivo da 3R Petroleum de otimizar a capacidade produtiva de seus campos e tem como maior acionista o Banco Bradesco.
Explicado brevemente cada empresa, vamos adentrar o tópico da fusão de ambas as empresas. Como antes noticiado no mercado, a RRRP3 estava estudando uma possível fusão com a PetroReconcavo (RECV3) há mais de um mês, porém sem nenhum tipo de avanço nesse tema.
Aproveitando o preço descontado e algumas dificuldades operacionais para conseguir extrair 100% da capacidade produtiva de seus campos, a ENAT3 fez uma proposta de fusão onde ambas as empresas vão se consolidar em um mercado muito competitivo e onde necessita cada vez mais de recursos para investimentos em novos campos de óleo.
Em notícias vinculadas na mídia, a combinação de ambas as empresas faria com que se tornariam em termos de produção de petróleo uma empresa muito similar a PRIO3 (Petro Rio). A relação das trocas de ações a serem feitas faria com que os acionistas da 3R ficariam com 53% da nova empresa, enquanto os acionistas da ENAT3 ficariam com 47% da empresa.
Visto que a 3R Petroleum se encontra com uma alavancagem maior em seu balanço para conseguir fazer as aquisições de seus campos mais recentes. Enquanto isso a ENAT3 acaba sendo uma empresa com dívida zero, o que faria essa nova empresa ter uma alavancagem muito baixa frente ao tamanho de mercado. O que faria a nova empresa caso não faça novas aquisições, se tornar uma excelente pagadora de dividendos no futuro próximo.
Enquanto não se torna oficial a fusão das empresas, ambas seguem surfando um momento muito interessante para o setor por conta da alta do preço do petróleo por conflitos no Oriente Médio.