A Berkshire Hathaway, empresa de Warren Buffett, intensificou suas operações de recompra de ações no terceiro trimestre de 2020. As recompras chegaram à marca de US$9 bilhões no período, quase dobrando o montante do período anterior (US$5,1 bilhões), que era o recorde do conglomerado.
Ao todo, a Berkshire Hathaway já destinou mais de US$15 bilhões para recompra de ações ao longo de 2020. Operações de recompra são utilizadas por empresas com capital aberto em períodos em que o valor dos papéis é considerado baixo, visando uma nova venda no futuro. Sozinha, a cifra de US$9 bilhões do terceiro trimestre de 2020 já é maior que o valor de todos os anos anteriores do conglomerado de Warren Buffett.
Embora venha em um ascendente, as ações da empresa subiram mais de 25% entre julho e setembro, os papéis da Berkshire Hathaway somam uma queda de 6% até aqui em 2020. O lucro operacional da empresa apresentou uma queda de mais de 30% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período em 2019.
Em contrapartida, o lucro líquido da Berkshire Hathaway disparou em 2020. O número, que diz respeito aos lucros obtidos pelos investimentos do conglomerado no mercado público de ações, subiu 82% em relação aos números do terceiro trimestre de 2019, chegando a US$30,137 milhões este ano.
Atualmente, a maior participação da Berkshire Hathaway está em ações da Apple, com alta de 26% no terceiro trimestre do ano. O recorde de compras ocorre em um período de atuação discreta do conglomerado no mercado acionário, em que poucas movimentações de grande valor estão sendo feitas.
Imagem em destaque: Neofeed / divulgação