Notícias

Copom eleva a Selic para 13,75% ao ano

2 Minutos de leitura

Após dois dias de reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (03) a elevação da taxa Selic para 13,75% ao ano. Com a decisão, unânime, a taxa básica de juros brasileira chegou ao seu décimo segundo aumento consecutivo. 

O aumento no valor da Selic foi decidido na 248ª reunião do Copom, realizada entre ontem (02) e hoje. A elevação da taxa, novamente em 0,5 ponto percentual, vem na esteira da persistência da inflação no Brasil. 

Apesar de estar desacelerando, a inflação brasileira ainda acumula alta de 11,89% nos últimos 12 meses até junho deste ano. Segundo previsões do mercado e do próprio BC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já passou pelo seu pico – o indicador chegou a 12,13% em abril. 

Os juros no Brasil estiveram na sua mínima histórica de 2% a.a. entre agosto de 2020 e março de 2021, como forma de estimular o consumo e conter os impactos da pandemia de Covid-19 na economia brasileira. Desde então, o BC vem elevando a Selic agressivamente como forma de tentar frear a inflação no país.


Saiba mais

Inicia hoje a Expert XP 2022 com presença de CEOs e ministros do governo


No final de junho, o BC já havia admitido que a inflação não ficará dentro da meta em 2021. Com a desaceleração do IPCA a vista, no entanto, o mercado já projeta que o ciclo de alta da Selic pode estar chegando ao seu fim. 

O Copom afirma que o cenário externo é hoje um dos principais fatores de risco no radar da instituição. 

“O ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global em um ambiente inflacionário ainda pressionado”, aponta o comunicado do comitê. “O processo de normalização da política monetária nos países avançados tem se acelerado, impactando o cenário prospectivo e elevando a volatilidade dos ativos”. 

Por enquanto, porém, o Copom afirma que a política monetária brasileira deve seguir com viés contracionista. Com isso, a Selic deve receber pelo menos mais um reajuste da autoridade monetária brasileira antes de se estabilizar ou ter início um ciclo de política monetária mais expansionista. 

“O Copom considera que, diante de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista. O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, aponta o comunicado. 

Seguindo o cenário de referência, o Copom projeta que o IPCA feche em 6,8% em 2022, 4,6% em 2023 e 3,6% em 2024. Este ‘cenário de referência’ citado pelo Copom considera uma taxa de câmbio do dólar em aproximadamente R$ 5,30. 


Quer começar a investir com o auxílio de um assessor de investimentos? 

Clique no link, conheça a Messem Investimentos e inicie a sua jornada no mundo dos investimentos.

Guilherme Guerreiro

Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!

1383 posts

Sobre o autor
Jornalista Smart Money — Leia, estude, se informe! Apenas novas atitudes geram novos resultados!
Conteúdos
Postagens relacionadas
Notícias

Setor de Serviços surpreende e cresce 0,9% em maio, acima das expectativas

1 Minutos de leitura
O volume de serviços no Brasil apresentou um crescimento surpreendente de 0,9% em maio, superando a previsão dos analistas de uma alta…
Destaques do diaNotícias

Relatório Focus: projeções para Inflação de 2023 e 2024 caem, enquanto expectativas para o PIB aumentam

1 Minutos de leitura
Em uma nova edição do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, as projeções para a inflação brasileira de 2023 e 2024 foram…
Notícias

IBC-Br surpreende e cresce 0,56% em abril, superando expectativas do mercado

1 Minutos de leitura
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um crescimento…