De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil encerrou o trimestre terminado em março em 11,1%, apresentando estabilidade comparada com a taxa do trimestre imediatamente anterior.
Considerando o mesmo período no ano passado, porém, houve uma queda de 3,8 pontos percentuais na taxa de desempregados no país.
No trimestre encerrado em março, existiam 11,9 milhões de pessoas desocupadas no país, uma leve queda comparada com as 12 milhões de pessoas registradas no trimestre anterior. Comparado com o número de 15,3 milhões de desocupados no mesmo período do ano passado, há uma queda de 21,7%.
O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em 95,3 milhões, queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior. Considerando o nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, o número é de 55,2% no trimestre encerrado em março.
O contingente da força de trabalho, que considera a população ocupada e desocupada, ficou em 107,2 milhões, queda de 0,5% comparada com o trimestre imediatamente anterior.
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Embora tenha apresentado estabilidade no trimestre encerrado em março, de acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil deve terminar o ano com a nona pior taxa de desemprego do mundo, de 13,7%. No mundo, a média é de 7,7%.
Em 2021, com uma taxa de desemprego finalizada em 13,2%, o Brasil registrou a 16º pior nível de desemprego do mundo.
Neste ano, devido à inflação alta e a desaceleração do mercado de trabalho, o desemprego no Brasil ainda deve ser grave. De acordo com dados do IBGE desta semana, a prévia da inflação oficial (IPCA-15) registrou uma alta anual de 12,03%, a pior desde 2003.
Para agravar ainda mais a situação do brasileiro, a renda média da população do país atingiu uma mínima histórica, para R$ 2.447. Para 33 milhões de pessoas, a remuneração não chega ao salário mínimo.
Ao mesmo tempo, o crescimento econômico brasileiro deve ser próximo de zero em 2022, de acordo com o FMI. Outras estimativas, como a do Boletim Focus do Banco Central (BC), apontam para um crescimento de 0,65% no ano.