A PEC que parcela precatórios e o projeto do Auxílio Brasil devem ser apresentadas ao Congresso Nacional nesta segunda-feira (09).
O presidente da Câmara disse que quer pautar a PEC do voto impresso nesta terça-feira (09) no Congresso Nacional. A ideia agrada a oposição do governo.
Na agenda, o destaque do dia fica para a publicação do Boletim Focus. No mercado global, investidores estão de olho nos dados trabalhistas dos Estados Unidos.
Nas bolsas, os mercados europeu e asiático seguem em direções opostas, com economistas preocupados com o avanço da variante Delta do novo Coronavírus.
Esses e outros destaques você confere agora.
PARCELAMENTO DE PRECATÓRIOS E PROJETO QUE CRIA AUXÍLIO BRASIL SÃO ENTREGUES HOJE NO CONGRESSO
O governo federal deve entregar nesta segunda-feira (09) ao Congresso Nacional o projeto que parcela o pagamento de precatórios, assim como a proposta que cria o Auxílio Brasil, programa que nasce da reformulação do Bolsa Família.
O parcelamento dos precatórios é uma medida essencial para que o governo consiga aprovar o Auxílio Brasil. A manobra fiscal parcela em 9 anos os pagamentos na Justiça.
O parcelamento acontece porque as derrotas do governo na Justiça somarão pagamentos de R$ 89,1 bilhões em sentenças em 2022, valor 62% maior que o registrado em 2021. O ministro Paulo Guedes, da economia, chegou a chamar a conta dos precatórios do ano que vem de um verdadeiro “meteoro” nas contas públicas.
Com a aprovação da PEC, pagamentos de sentenças de causas de até 60 salários mínimos seriam pagas de forma integral, enquanto o pagamento dos chamados ‘superprecatórios’, acima de R$ 66 milhões, seriam escalonados.
A ideia é criar um espaço no Orçamento para a criação do Auxílio Brasil. O programa deve receber uma ampliação de pagamentos de R$ 189 para R$ 400, de 14,7 milhões de famílias beneficiadas para 17 milhões.
Estima-se que a PEC dos precatórios crie um espaço de R$ 30 bilhões nas contas públicas. Líderes parlamentares, porém, estudam colocar o pagamento de precatórios fora do Teto de Gastos. A ideia, que criaria um espaço de R$ 50 bilhões no Orçamento, é desaprovada pelo ministro da Economia.
LIRA PRETENDE PAUTAR VOTO IMPRESSO NA TERÇA-FEIRA (10)
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que deve colocar no plenário na terça-feira (10) a PEC do voto impresso. A ideia é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, que declarou inúmeras vezes que a urna eletrônica é fraudulenta, embora não tenha apresentado provas.
Embora a ideia do voto impresso seja criticada pela oposição, pautar o assunto no Congresso Nacional no ano anterior ao das eleições agrada os principais líderes de partidos opostos ao governo.
“Queremos votar o quanto antes. Quanto mais demora, mais avança a escalada golpista de Bolsonaro. E maior, a tensão política no país. É preciso sepultar logo isso”, disse o deputado Alessandro Molon (PSB).
Segundo o presidente da Câmara, o assunto já foi “longe demais”:
“O plenário será o juiz dessa disputa que, infelizmente, já foi longe demais”, disse Lira.
Com a quase certeza que a PEC deve morrer no plenário da Câmara, membros governistas articulam com a presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Bia Kicis, que a votação seja adiada. Segundo Arthur Lira, isso não deve acontecer.
Saiba mais
Entenda como o governo federal pretende financiar o novo Bolsa Família com a PEC dos precatórios
AGENDA
No Brasil, o destaque do dia fica para a publicação do Boletim Focus do Banco Central (BC). Divulgado às 8h25, o boletim conta com projeções importantes do mercado financeiro quanto à economia do país.
O boletim desta semana marca o primeiro após a alta de 1 ponto percentual na meta Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom), elevando a taxa para 5,25% a.a.
Pela manhã, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), também é publicado.
De acordo com dados publicados durante a madrugada, a balança comercial alemã terminou o mês de junho com um superávit de 13,6B, uma aceleração comparado com o mês imediatamente anterior (12,8B).
Na Zona do Euro, o índice de confiança do investidor do Instituto Sentix fechou em 22,2 pontos no mês de agosto, representando uma retração comparado com o mês imediatamente anterior (29,8).
Às 11h nos Estados Unidos, as ofertas de emprego JOLTs (Job Openings and Labor Turnover Survey) são publicadas pela Bureau of Labor Statistics.
Às 13h nos Estados Unidos, discursa Thomas Barkin, Membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
BOLSAS E CÂMBIO
De olho na variante Delta do novo Coronavírus, as bolsas europeias iniciaram a manhã de forma mista, com grande parte dos índices registrando perdas nesta segunda-feira (09).
A alta nos casos da nova variante já começa a causar mudanças no cenário econômico global. As projeções de crescimento na China, por exemplo, já diminuíram.
Dados trabalhistas dos Estados Unidos também devem marcar o dia das bolsas mundiais.
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,02%, indo a 470,10 pontos
- DAX (GDAXI): -0,21%, indo a 15.729,10 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,44%, indo a 7.091,55 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,13%, indo a 6.808,42 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): +0,24%, indo a 26.063,50 pontos
Na direção oposta, os índices asiáticos fecharam a segunda-feira (09) registrando alta em boa parte das bolsas.
A China é um dos primeiros países a reagirem à alta de casos da variante Delta restringindo voos ao país. O medo é que a economia, que está crescendo, seja muito prejudicada com a chegada de uma nova variante.
No Japão, as bolsas estavam fechadas para o feriado.
- Hang Seng (HK50): +0,40%, indo a 26.283,40 pontos
- KOSPI (KS11): -0,30%, indo a 3.260,42 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): +1,05%, indo a 3.494,63 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,33%, indo a 27.828,04 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): +1,30%, indo a 4.985,56 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,05%, indo a 15.126,00 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,37%, indo a 35.079,50 pontos
- S&P 500 Futuros: -0,17%, indo a 4.428,90 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta segunda-feira (09):
- Às 9h05, o Dólar caiu -0,11%, a R$ 5,23
- Às 9h05, o Euro caiu -0,02%, a R$ 6,16
Foto: Agência Brasil / Destaques
