Segundo o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a participação de mais de 100 instituições financeiras, a inflação brasileira deve terminar o ano em 6,88%.
Ante o boletim da semana passada, o IPCA subiu 0,09% nas projeções. Em um mês, o índice acumula alta de 0,77%.
A inflação brasileira deve terminar o ano muito acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%.
A análise para a inflação brasileira feita pelo mercado financeiro reflete os recentes problemas enfrentados no país. Para começar, a crise hídrica, que deve se estender até novembro deste ano, causa pressões inflacionárias na conta de luz paga pelos brasileiros.
Os combustíveis nas refinarias também sofreram inúmeros reajustes no ano, causando mais pressões sobre o índice mensal publicado pelo IBGE.
Sob risco de o país cair em uma escalada acelerada da inflação, o Banco Central (BC) pode optar pela elevação da meta Selic, taxa básica de juros do Brasil. Nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), realizadas na semana passada, a taxa foi elevada de 4,25% para 5,25% ao ano.
Segundo a análise das instituições financeiras, a Selic ainda vai aumentar consideravelmente até o término do ano. No Boletim Focus desta semana, as apostas para a meta Selic subiram de 7% para 7% a.a.
Em um mês, as projeções para a Selic subiram 0,62 pontos percentuais.
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PIB e câmbio
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) não sofreram variação semanal e ficaram fixadas em 5,30%. Na variação semanal, as apostas para o PIB subiram 0,04%.
Quanto ao câmbio, as projeções se mantiveram. O mercado enxerga que o Dólar deve terminar o ano custando R$ 5,10. Na variação semanal, as apostas subiram R$ 0,10.