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Entenda a reação do mercado às condenações contra Lula, agora anuladas

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Ontem (08), poucas horas antes do fechamento do Ibovespa, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Lava Jato de Curitiba pelos casos do sítio do Atibaia e triplex no Guarujá. O ex-presidente também era réu em ação que investiga lavagem de dinheiro em doações feitas ao Instituto Lula.

O efeito direto da anulação é deixar o caminho aberto para que Lula tente disputar pela presidência em 2022.

Embora estejamos a um ano das eleições presidenciais, o efeito da decisão do ministro foi direto. Ao fim do dia, o Ibovespa caiu -3,98%, e o dólar subiu 1,67%, indo a R$ 5,78.

Os motivos da reação negativa do mercado são tanto políticos quanto econômicos. Um possível embate entre Lula e Bolsonaro em 2022 representa uma polarização que não agrada os investidores, que buscam evitar instabilidades.

Além disso, um possível segundo turno entre dois populistas pode afastar Bolsonaro das agendas liberais de privatização e reformas, como método de agradar parte da base e conquistar indecisos.

Economistas também acompanham com cautela as reações do Executivo quanto à decisão do STF. Após a atuação de Bolsonaro na Petrobras, o medo de futuras atuações mais populistas que alinhadas ao interesse econômico também ajudaram o mercado a cair ontem (08).


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Ibovespa cai 4% em dia caótico nesta segunda-feira (08)


O principal motivo da reação, porém, está nas reformas econômicas, das quais Lula é crítico. O mercado já vê o atual Executivo como fator dificultante na aprovação das reformas, que na visão de economistas são necessárias para o país seguir no rumo da prosperidade econômica. Com Lula, uma terceira opção, de alguém mais alinhado às pautas econômicas, fica cada vez menos viável.

Lula sempre se posicionou contra boa parte das reformas propostas pela equipe econômica, como a da previdência. 

Para o mercado, o ex-presidente é mais alinhado às pautas sociais que à economia. Isso seria um problema após 2020 e 2021, dois anos de pandemia de COVID-19, quando a arrecadação do governo federal sofreu quedas significativas.

No caso de Bolsonaro, já existe um certo ceticismo quanto a capacidade do chefe do Executivo e equipe econômica de avançar em pautas. O governo ainda não conseguiu passar boa parte de suas prioridades, como as reformas tributária e administrativa. 

Além disso, o governo parece sempre andar sobre uma corda bamba, com o Bolsonaro anunciando programas sociais do governo, que ainda não saíram do papel, enquanto tenta manter o país sob o teto de gastos após a prorrogação do Auxílio Emergencial.

De qualquer forma, o clima é de incerteza. Incerteza sobre o futuro alinhamento de Bolsonaro com as agendas econômicas, e incertezas sobre um possível futuro governo de posicionamento categórico contra as reformas.

Foto: Agência Brasil / Divulgação

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Juan Tasso - Smart Money

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