Nesta segunda-feira (21), o mercado internacional iniciou mais uma semana em baixa refletindo as tensões políticas no leste europeu. Enquanto autoridades norte-americanas afirmam que a Rússia já decidiu invadir a Ucrânia, representantes de diversas nações continuam tentando achar uma resolução diplomática para a crise.
Hoje, deve acontecer uma cúpula especial para tratar a situação entre Rússia e Ucrânia, segundo informado pelo presidente francês Emmanuel Macron. Segundo o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov, no entanto, ainda é cedo para falar na realização de uma cúpula entre os líderes de EUA e Rússia.
Mesmo desconversando sobre a realização de uma cúpula, Peskov apontou que há consentimento entre as partes de que o diálogo é a melhor saída. As conversas devem seguir entre os ministros de Relações Exteriores dos países.
“Há um entendimento sobre o fato de ter que continuar o diálogo entre ministros. Falar sobre planos concretos para organizar reuniões de cúpulas é prematuro”, afirmou o porta-voz da presidência russa. Peskov apontou ainda que uma reunião entre Putin e Biden será possível caso os chefes de estado a considerem “útil”.
Para piorar as tensões, repórteres da Reuters em Moscou publicaram hoje que o presidente Vladimir Putin afirmou aos chefes de estado da Alemanha (Olaf Scholz) e França (Emmanuel Macron) o desejo de reconhecer a independência das regiões separatistas da Ucrânia. Segundo a reportagem, um decreto em apoio às regiões pró-Rússia do país vizinho deve ser publicado em breve.
No mundo corporativo, a maior história do dia no mercado europeu é a polêmica envolvendo um vazamento do banco de dados do Credit Suisse. 18 mil clientes do banco suíço tiveram dados vazados neste domingo (21), com os mesmos expondo possíveis falhas no processo de due dilligence do banco.
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Segundo os documentos vazados, o Credit Suisse manteve no seu quadro de clientes “autocratas corruptos, suspeitos de crimes de guerra e traficantes de seres humanos, traficantes de drogas e outros criminosos”.
Segundo comunicado oficial do Credit Suisse, mais de 90% das contas apontadas já haviam sido fechadas pelo banco antes da publicação da reportagem do jornal alemão Sueddeutsche Zeitung. Ainda segundo o banco, 60% destas contas estão desativadas desde antes de 2015. Como resposta à polêmica, as ações do banco na Bolsa de Zurique caíram mais de 3% nesta segunda.
Confira os números do mercado europeu:
- STOXX 600 (STOXX): -1,30% (454,80)
- DAX (GDAXI): -2,07% (14.731,12)
- FTSE 100 (FTSE): -0,39% (7.484,33)
- CAC 40 (FCHI): -2,04% (6.788,34)
- FTSE MIB (FTMIB): -1,72% (26.050,03)
- IBEX 35 (IBEX): -1,18% (8.488,90)
