O governo federal anunciou oficialmente que extenderá os pagamentos do Auxílio Emergencial, importante programa que ajudou no poder de compra da população informal, por mais três meses.
Segundo um secretário do Ministério da Economia, o governo federal já finalizou seu modelo de privatização dos Correios, e deve vender 100% da estatal via leilão simples com abertura de envelopes.
O destaque da agenda fica para a publicação de um relatório da OCDE quanto ao desenvolvimento da economia global. Além disso, dados de PMI da Europa e Estados Unidos marcam o dia da agenda econômica.
Após o feriado nos EUA, as bolsas iniciaram a manhã de forma negativa, com investidores seguindo preocupados quanto aos avanços da variante delta do novo Coronavírus.
Esses e outros destaques você confere agora.
AUXÍLIO EMERGENCIAL É PRORROGADO POR MAIS TRÊS MESES
O governo federal prorrogou por mais três meses as parcelas de pagamento do Auxílio Emergencial, programa criado em 2020 para atender a população informal do país que foi amplamente prejudicada durante a pandemia de COVID-19.
O programa assistencial acabaria em julho. Com a prorrogação, os pagamentos também devem acontecer em agosto, setembro e outubro.
Atualmente, o Auxílio Emergencial paga parcelas de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição familiar. Para pessoas que moram sozinhas, o auxílio é de R$ 150. Para as mães chefes de família, o programa paga R$ 375. Os demais beneficiários recebem R$ 250.
O Auxílio Emergencial, embora esteja pagando menos que os valores originais de R$ 600, foi essencial para evitar quedas mais bruscas do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, que fechou em -4,1%.
Com a pandemia ainda registrando altos números de óbitos e contaminações, o governo vê o programa como uma alternativa ainda viável para ajudar no poder de compra do brasileiro, que também é prejudicada pelas pressões inflacionárias.
Para arcar com os custos do programa, o governo editou uma Medida Provisória (MP) que abre créditos extraordinários de R$ 20,2 bilhões ao Ministério da Cidadania.
GOVERNO DECIDE VENDER 100% DOS CORREIOS
De acordo com o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, em entrevista ao O Globo, o governo federal já finalizou seu modelo de estatização dos Correios e pretende vender 100% da estatal.
A operação deve acontecer, segundo o secretário, através de um leilão tradicional, “com abertura de envelopes”.
A privatização dos Correios está marcada para acontecer em março de 2022, mesmo trimestre em que a Eletrobrás também será privatizada. Para acelerar a proposta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) marcou para a próxima semana a votação na Casa, antes do recesso.
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AGENDA
Sem destaques brasileiros para esta terça-feira (06). Hoje, os destaques do mercado ficam para a publicação de índices inflacionários na Europa e Estados Unidos, dados sobre vendas de varejo da Zona do Euro, e um relatório da OCDE sobre perspectivas da economia mundial.
No Reino Unido, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) do setor de construção ficou em 66,3 pontos em junho, ficando acima das projeções (63,8) e expandindo os resultados registrados no mês de maio (64,2).
Na Zona do Euro, segundo dados da Eurostat, as vendas no setor de varejo cresceram em 4,6% em maio, um pouco acima das médias de projeções. No mês de abril, elas haviam recuado -3,6%.
Nos Estados Unidos, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) composto markit e do setor de serviços são publicados às 10h45.
Às 11h nos EUA, o Índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) ISM Não-Manufatura é publicado pelo Institute for Supply Management.
Às 11h na França, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publica um relatório sobre perspectivas quanto ao desenvolvimento da economia global, especialmente neste período que é marcado pelo pós-pandemia.
BOLSAS E CÂMBIO
No retorno do feriado nos Estados Unidos, as bolsas europeias iniciaram a manhã com carga negativa.
Investidores ainda se preocupam com o avanço da variante delta do novo Coronavírus pelo mundo. Embora a vacinação em massa tenha provocado um retorno à normalidade em boa parte dos países desenvolvidos, a alta nas infecções pode provocar novas medidas de restrição.
Existe também um aguardo pela publicação da minuta da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc em inglês) dos Estados Unidos, podendo indicar novas perspectivas quanto às políticas expansionistas do país..
Às 8h da manhã:
- STOXX 600 (STOXX): +0,04%, indo a 458,57 pontos
- DAX (GDAXI): -0,34%, indo a 15.608,40 pontos
- FTSE 100 (FTSE): -0,17%, indo a 7.152,57 pontos
- CAC 40 (FCHI): -0,26%, indo a 6.550,18 pontos
- FTSE MIB (FTMIB): -0,29%, indo a 25.366,50 pontos
Com o mercado fechado nos EUA, os índices asiáticos fecharam de forma mista e sem uma direção para serem guiados durante a madrugada.
Além disso, os mercados reagem às recentes pressões inflacionárias geradas pela alta no petróleo.
- Hang Seng (HK50): -0,27%, indo a 28.074,00 pontos
- KOSPI (KS11): +0,36%, indo a 3.305,21 pontos
- Shanghai Composto (SSEC): -0,11%, indo a 3.530,26 pontos
- Nikkei 225 (N225): +0,16%, indo a 28.643,21 pontos
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,05%, indo a 5.083,10 pontos
Às 8h da manhã, os índices futuros dos EUA apresentam resultados mistos:
- Nasdaq 100 Futuros: +0,09%, indo a 14.724,62 pontos
- Dow Jones Futuros: -0,06%, indo a 34.654,50 pontos
- S&P 500 Futuros: –0,04%, indo a 4.340,88 pontos
Acompanhe as cotações do Dólar e o Euro na manhã desta terça-feira (06):
- Às 9h05, o Dólar subiu +0,01%, a R$ 5,08
- Às 9h05, o Euro caiu -0,21%, a R$ 6,01