OPEP + DEVE AUMENTAR PRODUÇÃO DE PETRÓLEO EM 2 MI BPD ATÉ DEZEMBRO
Uma fonte informou à agência Reuters que a Opep +, grupo dos principais produtores e exportadores de petróleo do mundo, deve adicionar até 2 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo ao mercado entre os meses de agosto e dezembro deste ano. O bloco de produtores da commodity estão em reunião nesta quinta-feira (01).
A expectativa do mercado é que a Opep + aumente de imediato a produção de petróleo em 500 mi bpd, como resposta a alta demanda pela commodity no mercado internacional com a reabertura de economias pelo mundo.
Outra fonte ouvida pela Reuters afirmou que a Arábia Saudita e a Rússia já haviam fechado acordo para a flexibilização nos cortes de produção. No passado, o país árabe já havia pressionado a Opep + para reduzir os cortes na produção de petróleo, uma vez que a medida contraria os planos de desenvolvimento da economia saudita.
Como resposta à baixa demanda por petróleo durante a pandemia de Covid-19, a Opep + fechou acordo para reduzir a produção da commodity em até 10 mi bpd em maio de 2020. Atualmente, os cortes na produção de petróleo estão em 5,8 mi bpd.
Com a expectativa pelo aumento da produção, o preço do petróleo operou em alta no mercado internacional hoje. O Brent subia 1,22% hoje, com o barril cotado a US$ 75,53 às 17h (horário de Brasília).
PARTIDO COMUNISTA CHINÊS COMEMORA 100 ANOS DE SUA FUNDAÇÃO
Nesta quinta-feira, o Partido Comunista Chinês (PCC) comemora os 100 anos de sua fundação. Em 1921, em Xangai, o líder revolucionário comunista Mao Tse-tung fundou o partido, responsável pela fundação da atual república chinesa em 1949.
A República Popular da China é uma república unipartidária desde a sua fundação. A constituição chinesa ainda prevê a existência de partidos menores, que atuam sob a liderança do Partido Comunista Chinês. O congresso de fundação do PCC ocorreu entre os dias 23 e 31 de julho de 1921, mas o aniversário do partido é comemorado todos os anos no primeiro dia de julho.
O evento de comemoração do aniversário do partido reuniu milhares de apoiadores na Praça da Paz Celestial, no centro da capital Pequim. Os eventos desse 1º de julho deram muito destaque ao presidente chinês, Xi Jinping. Secretário-geral do partido desde 2012 e presidente da RPC desde 2013, Xi é amplamente considerado o líder chinês mais influente desde Mao.
Sob o comando de Xi Jinping, a China expandiu seu controles sobre diversos setores da economia. O governo de Xi ainda é bastante caracterizado pelo aumento do controle estatal em diversos níveis da sociedade, incluindo a Lei de Segurança Nacional imposta após os protestos pró-democracia em Hong Kong no ano de 2019.
A lei é a mais recente entre muitas polêmicas envolvendo o governo chinês desde a fundação da atual república em 1949, há diversos episódios sombrios na história chinesa da segunda metade do Século XX até aqui, incluindo a Grande Fome Chinesa no final da década de 1950 e o Massacre da Praça da Paz Celestial em 1989.
No âmbito econômico, no entanto, a China tem muito a comemorar. Entre os inúmeros partidos comunistas que surgiram e/ou chegaram ao poder ao longo do Século XX, o Partido Comunista Chinês foi o primeiro a completar 100 anos de história. O partido comunista soviético, por exemplo, durou 93 anos entre sua fundação e a sua dissolução com o fim da União Soviética em 1991.
Desde 1949, a China passou de uma das nações mais pobres do mundo à segunda maior economia no planeta, com perspectiva de ultrapassar os EUA nos próximos anos, assumindo ainda papel de liderança internacional, principalmente após a sua entrada na Organização Mundial do Comércio em 2001. Diversos países do mundo, incluindo o Brasil, tem na China o seu principal parceiro comercial, com muitas economias se sustentando majoritariamente a partir de suas exportações para o país.
VENEZUELA INICIA VACINAÇÃO COM IMUNIZANTE ADAALA, DE CUBA
Nesta semana, a Venezuela começou a aplicação da vacina Abdala contra a Covid-19, produzida em Cuba. A vacina ainda não tem a aprovação para uso emergencial por nenhuma agência sanitária.
A Venezuela se tornou o segundo país da América Latina a aplicar dose de imunizante sem aprovação de entidades reguladoras da área da saúde, depois de Cuba. Os lotes foram enviados a Caracas poucos dias após o anúncio da eficácia do imunizante por parte do laboratório BioCubaFarma. Segundo o governo venezuelano, cerca de 12 lotes da Abdala serão enviados ao país.
O primeiro lote está sendo aplicado na região da capital do país. Segundo divulgado pelo BioCubaFarma, a Abdala se mostrou 92,28% eficaz contra o novo coronavírus quando aplicado em três doses. A eficácia, porém, ainda não foi atestada por entidades reguladoras ou publicada em periódicos científicos.
Por isso, a decisão do presidente Nicolás Maduro de importar e aplicar doses do imunizante cubano enfrenta oposição por parte da comunidade venezuelana. A Academia Venezuelana de Medicina, a ONG Médicos Unidos pela Venezuela e a Associação de Pesquisadores do Instituto Venezuelano de Pesquisa Científica expressaram preocupação com a aplicação de doses do imunizante antes do mesmo receber certificação por parte de entidades reguladoras.
O governo venezuelano comemorou a chegada das vacinas, e considerou o evento um “momento histórico”, e declarou que a Abdala será integrada ao sistema de vacinação da Venezuela.
Saiba mais:
UNIÃO EUROPEIA TEM NOVO PRESIDENTE
Nesta quinta-feira, a Eslovênia assume a presidência da União Europeia. O comando do bloco comercial é rotativo, e o país eslavo assume o comando após a gestão de Portugal. Nacionalista e conservador, o primeiro-ministro esloveno Janez Jansa enfrentará muita resistência entre as nações europeias.
Janez Jansa é um assumido admirador do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e do atual premiê húngaro, Viktor Orbán, é famoso por atacar repetidamente a imprensa. Recebeu da comunidade eslovena o apelido de “marechal Twitto”, em referência ao ex-ditador da Iugoslávia, Josip Broz Tito, e pelo seu uso frenético da rede social Twitter, onde faz dezenas de postagens por dia.
Principal líder do Partido Democrata Esloveno (SDS), o político de 62 anos está em seu terceiro mandato como primeiro-ministro da Eslovênia. Jansa é abertamente xenófobo e conta com apoio de Viktor Orban. Assim como o premiê húngaro, Janez Jansa iniciou na vida pública como liderança de esquerda e foi transicionando para a direita ao longo das últimas décadas, se tornando liderança do movimento ultraconservador do país.
Recentemente, Jansa foi um dos únicos líderes da União Europeia a declarar apoio à nova lei anti-LGBT da Hungria, ao lado do premiê da polonês, Mateusz Morawiecki. A oposição eslovena mostra preocupação com recentes medidas do governo de Jansa, declarando degradação das instituições e dos “padrões democráticos” no país, convocando diversos protestos e exigindo a renúncia do primeiro-ministro.
BOLSAS E CÂMBIO
Dados positivos sobre a geração de empregos e a atividade econômica na Europa impulsionaram as bolsas do continente nesta quinta. A divulgação de pagamento de dividendos por parte do Banco Central Europeu também animou o mercado. Confira os números do mercado europeu:
- STOXX 600 (STOXX): +0.62% (455,64)
- DAX (GDAXI): +0.47% (15.603,81)
- FTSE 100 (FTSE): +1,25% (7.125,16)
- CAC 40 (FCHI): +0,71% (6.553,82)
- FTSE MIB (FTMIB): +0,73% (184,02)
Os índices asiáticos fecharam em baixa hoje. As bolsas do continente sofreram com a ansiedade gerada pela divulgação do relatório de geração de empregos nos EUA. Confira os números do mercado asiático:
- Hang Seng (HK50): -0,57% (28.827,95)
- KOSPI (KS11): -0,44% (3.282,06)
- Shanghai Composto (SSEC): -0,07% (3.588,78)
- Nikkei 225 (N225): -0,29% (28,707,04)
- Shanghai Shenzhen CSI 300 (CSI300): -0,11% (5.229,66)
Em Wall Street, no entanto, a ansiedade pelo relatório de empregos não freou os principais índices dos EUA, com o S&P 500 registrando nova máxima histórica pela sexta sessão consecutiva. Confira os números do mercado norte-americano:
- Dow Jones (DJI): +0,38% (34.633)
- S&P 500 (SPX): +0,52% (4.319)
- Nasdaq Composto (IXIC): +0,13% (14.522)
No câmbio, tivemos uma disparada do euro e do dólar nesta quinta-feira, com a moeda norte-americana voltando a ultrapassar os R$ 5 hoje. Confira a cotação das principais moedas estrangeiras:
- Dólar: +1,45% (R$ 5,04)
- Euro: +1,35% (R$ 5,97)
Imagem em destaque: G1 / divulgação
