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IBGE: inflação desacelera em junho e fica em 0,53%

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Segundo dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado como a inflação oficial do país, fechou o mês de junho em 0,53%. É uma desaceleração comparado com a alta de 0,83% do mês de maio.

No acumulado de 12 meses, o IPCA está em 8,35%, bem acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%. Em 2021, a inflação acumula alta de 3,77%.

“A variação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016 (8,48%). Em junho de 2020, a variação mensal havia sido de 0,26%”, destaca o IBGE.

Confira a variação histórica da inflação brasileira:

Segundo o IBGE, oito dos nove grupos estudados apresentaram variação positiva na inflação. O maior impacto (0,17 p.p.) veio do grupo de Habitação, que teve alta de 1,10%. Em seguida vem o grupo de Alimentação e bebidas (0,43%) e Transportes (0,41%), cujos impactos foram de 0,09 p.p.

A maior variação do mês veio do grupo de Vestuário, que subiu em 0,92% e contribuiu com um impacto de 0,05 p.p.

A única variação negativa no IPCA veio do grupo de Comunicação, que retraiu 0,12%.

Acompanhe os dados por grupos estudados:

Geral 0,53%
Alimentação e bebidas0,43%
Habitação1,10%
Artigos de residência1,09%
Vestuário1,21%
Transportes0,41%
Saúde e cuidados pessoais0,51%
Despesas pessoais0,29%
Educação0,05%
Comunicação-0,12%

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No grupo de Habitação, a energia elétrica (1,95%) desacelerou-se comparado com a variação do mês de maio (5,37%). Mesmo assim, segundo o IBGE, o item contribui com o maior impacto individual do IPCA de junho (0,09 p.p.).

“Além disso, em junho, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 2, acrescentando R$ 6,243 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Vale lembrar que em maio foi aplicada a bandeira vermelha patamar 1, cujo acréscimo é menor (R$ 4,169)”, destaca o IBGE.

O aumento na bandeira tarifária é consequência da crise hídrica que afeta o Sudeste e Centro-Oeste do país. Segundo dados do governo, a seca nos reservatórios deve durar até novembro, período que marca o fim da estiagem.

Até lá, o governo aprovou o uso de usinas termelétricas para suprir a demanda. A energia proveniente desse tipo de fonte costuma ser mais cara que o padrão.

O grupo de Alimentação e bebidas obteve variação estável comparado com o mês anterior (0,43%). Mesmo assim, a alimentação em domicílio passou de 0,23% em maio para 0,33% em junho, impulsionado pela alta nos preços da carne (1,32%), que já acumula alta de 38,17% nos últimos 12 meses.

No grupo de Transportes, a alta nos combustíveis foi de 0,87%, representando uma alta de 43,92% no acumulado de 12 meses. O maior impacto (0,04 p.p.) veio da gasolina, que teve alta de 0,69%.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou alta de 0,60% em junho, 0,36 p.p. abaixo do resultado de maio (0,96%). No ano, o indicador acumula alta de 3,95% e, em 12 meses, de 9,22%, acima dos 8,90% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2020, a taxa foi de 0,30%.

“Os produtos alimentícios subiram 0,47% em junho, ficando abaixo, portanto, do resultado de maio (0,53%). Já os não alimentícios tiveram alta de 0,64%, enquanto em maio haviam registrado 1,10%“, destaca o IBGE.

Juan Tasso - Smart Money

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