Na última segunda-feira (7), a XP Investimentos divulgou um relatório com suas projeções para o Ibovespa no ano de 2021. Com expectativa pela retomada da economia ao redor do mundo, o texto publicado pela corretora vê o índice encerrando o ano que vem acima dos 130 mil pontos, com um retorno de aproximadamente 14% em relação aos níveis atuais.
No relatório, assinado pelo estrategista-chefe da corretora, Fernando Ferreira, e a analista ESG da empresa, Marcella Ungaretti, o principal fator citado para impulsionar a retomada da economia são as vacinas contra a Covid-19. Atualmente, existem três vacinas já aprovadas na terceira fase de testes.
Os analistas destacam ainda que 2020, apesar dos obstáculos, vem sendo um ano de bons resultados no mercado financeiro, principalmente na reta final do ano. “Olhando para o contexto em que 2020 está terminando, com as ações globais acumulando alta de +11% no ano depois do melhor mês de todos durante novembro (+13%), ninguém poderia imaginar como seria lá no começo. Julgando apenas pelos preços, parece que 2020 foi um ano sólido para os mercados financeiros”, aponta o texto.
Segundo o relatório da corretora, o cenário atual é de uma recuperação financeira bastante encaminhada. Na mira da XP estão ainda novas levas de pacotes de estímulo ao redor do mundo, com os bancos centrais ainda bastante ativos no combate à crise em 2021. O texto também prevê aumento nos aportes financeiros em economias emergentes.
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Para Luiz Fernando, head de compliance e assessor de investimentos da GX Investimentos, as projeções para 2021 no mercado de ações são muito positivas. Para ele, o principal fator para garantir que a Bolsa atinja o desempenho esperado em 2021 são as reformas atualmente discutidas no Congresso. “Reformas como a administrativa e tributária seriam uma sinalização positiva para os investidores estrangeiros olharem para o Brasil como um país emergente com potencial de crescimento”, afirmou.
Outro fator, de menor impacto, citado por Luiz Fernando é de um possível “efeito cascata” consequência da recente entrada massiva de pessoas físicas na B3. “Muitos CPFs novos adentraram para o mercado de renda variável, trazendo consigo assim um nível elevado de pessoas sem muito conhecimento de como esse mercado funciona e em uma possível correção do mercado estas pessoas podem se “assustar” e fazer com que o efeito manada/cascata se intensifique, esse é um ponto pouco levado em consideração”.
O relatório da XP aponta ainda que os principais riscos para as bolsas em 2021 são: possíveis atrasos na implantação de vacinas contra a Covid-19, superaquecimento dos mercados e das economias e os riscos fiscais, especialmente no Brasil. Nesta quinta-feira (10), o Ibovespa subia 1,57% às 17:17 (horário de Brasília), se aproximando dos 115 mil pontos.
Imagem em destaque: Jornal do Comércio / divulgação
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