De acordo com dados publicados pela Eurostat, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro subiu 5,1% em janeiro considerando a taxa anual. Na comparação mensal, a alta é de 0,3%.
O crescimento da inflação confirma a estimativa preliminar publicada pela Eurostat no início do mês.
A inflação anual ficou de acordo com a projeção da maioria dos economistas. De qualquer forma, a taxa anual representa um recorde histórico para o índice, colocando ainda mais pressões na política monetária da União Europeia (UE).
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Zona do Euro mantém política monetária e BoE aumenta as taxas pela segunda vez
Até o momento, a inflação da Zona do Euro está bem acima da meta de 2% estipulada pelo Banco Central Europeu (BCE). Segundo a autoridade financeira, porém, os efeitos inflacionários que marcaram o fim de 2021 e começo de 2022 devem ser menores com o passar do ano.
A política monetária do BCE segue em um tom mais conservador se comparada com a política do Reino Unido e, em um futuro próximo, com a dos Estados Unidos. Isso porque as potências enxergam a inflação como um problema a ser resolvido através do aumento das taxas de juros.
Além disso, nos EUA, o aumento dos juros deve vir acompanhado do fim das políticas bilionárias de incentivo à economia, criadas por conta da pandemia de COVID-19. Para o governo norte-americano, o mercado trabalhista já se encontra em um patamar pré-pandêmico.
Para vários especialistas, reajustes nas taxas de juros na Zona do Euro são questão de tempo. É difícil, porém, saber quando isso pode acontecer.
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