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Inflação tem 100% de chance de ultrapassar a meta, aponta o BC

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O Banco Central (BC) publicou nesta quinta-feira (15) mais uma edição do relatório trimestral de inflação, elaborado pelo seu Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com o relatório, não existe mais possibilidade de cumprimento da meta de inflação para 2022. 

No documento, o BC aponta que a inflação acumulada está acima do projetado pelo Copom no relatório anterior. Em setembro, a autoridade monetária brasileira havia apontado uma chance de 7% de cumprimento da meta da inflação. 

A meta central da inflação é uma referência, com o BC considerando a mesma oficialmente cumprida caso o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique até 1,5 ponto percentual acima ou abaixo do objetivo. Para 2022, a meta da inflação foi fixada em 3,5% e será considerada cumprida caso fique entre 2,0% e 5,0%. 

O Copom projeta atualmente que a inflação brasileira encerre o ano de 2022 em 6,0%. Para 2023, o comitê trabalha com uma projeção de 5,0% uma alta probabilidade de não cumprimento da meta no ano que vem. 

“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca‑se, no cenário de referência, a probabilidade próxima de 100% de a inflação ficar acima do limite superior em 2022 e de cerca de 57% em 2023″, aponta o BC. 

O ambiente externo continua adverso e volátil, segundo o relatório, com as revisões para baixo nas projeções de crescimento da economia global pautando os debates nas economias desenvolvidas. O cenário inflacionário, por conta de diversos fatores, continua desafiador. 

No relatório, o BC aponta que se observa uma normalização das cadeias de suprimento e uma acomodação nos preços das principais commodities do mercado. Isso pode levar a uma desaceleração da inflação a nível global. Durante esta semana, por exemplo, as inflações nos Estados Unidos e no Reino Unido surpreenderam positivamente o mercado. 

A última leitura do IPCA surpreendeu positivamente o mercado. Em novembro, a inflação brasileira avançou 0,41%, abaixo dos 0,55% esperados. O Copom aponta, no entanto, que a inflação subjacente continua “alta e em patamar incompatível com o cumprimento da meta de inflação”. 

“No trimestre encerrado em novembro, o IPCA apresentou variação 0,17 p.p. acima do cenário de referência apresentado no Relatório de Inflação anterior”, aponta o relatório. “A surpresa foi muito influenciada por dois fatores: não se concretizou parte da redução esperada nas tarifas de energia elétrica residencial, decorrente de mudanças no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e houve alta substancial nos preços de alimentos in natura, associada às chuvas no período”. 

Às 11h, o BC irá realizar uma entrevista coletiva sobre o relatório. Você pode assistir à transmissão clicando aqui. Para conferir na íntegra o relatório de inflação de setembro, clique aqui


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Guilherme Guerreiro

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