O Banco Central Europeu (BCE) divulgou nesta quinta-feira (08) a elevação das taxas de juros na zona do euro em 0,75 ponto percentual. Apesar de ser um aperto monetário maior que o previsto, o aumento dos juros de forma mais agressiva não pegou o mercado de surpresa.
No comunicado, o BCE aponta que uma alta mais acelerada nos juros tem como objetivo tirar as taxas de juros do nível ‘extremamente acomodatício’ que se encontravam antes. O objetivo, como a instituição já havia afirmado na ata de sua reunião anterior, é trazer a inflação da zona do euro de volta a meta de 2% ao ano no médio prazo.
“Com base na sua atual avaliação, o Conselho do BCE espera, nas próximas reuniões, voltar a aumentar as taxas de juro para atenuar a procura e prevenir o risco de uma persistente deslocação em sentido ascendente das expectativas de inflação”, aponta o comunicado.
A Europa se encontra em uma situação extremamente delicada no cenário de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro continua batendo recordes, enquanto a interrupção do fluxo de gás natural no gasoduto Nord Stream 1 pela Gazprom pode agravar ainda mais a escalada dos preços.
Com o aumento de juros pelo BCE, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento, a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez e taxa de juro aplicável à facilidade permanente de depósito serão reajustadas para 1,25%, 1,50% e 0,75% ao ano, respetivamente. Os novos valores serão válidos a partir do dia 14 de setembro.
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