Internacional

Biden deve apresentar plano para reduzir o preço da gasolina 

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O presidente democrata Joe Biden deve apresentar nesta quarta-feira (22) no Congresso do país uma proposta que visa reduzir as pressões na alta dos preços da gasolina. O anúncio deve acontecer em um discurso. 

Sob críticas, a administração de Biden irá propor uma redução de US$ 0,184 do imposto federal a cada galão de gasolina, enquanto a redução para o galão de diesel será de US$ 0,244. A medida deve durar três meses. 

A redução deve ser de 3,6% para os consumidores caso a proposta passe em sua totalidade e a média por galão de gasolina continue em US$ 5. De acordo com dados da American Automobile Association (AAA), o preço do galão está em US$ 4,981. 

Além da nova proposta, Joe Biden deve pedir pela redução nos impostos nos estados, além de aumentar a capacidade de refino do país, o que deve disponibilizar mais gasolina e diesel no mercado. 

A medida é criticada por alguns setores que acreditam que a redução, além de ser temporária, pouco vai compensar a alta nos preços dos combustíveis. Há também uma certa desconfiança nas empresas de petróleo, que podem aumentar os custos e eliminarem a redução dos impostos. 

Hoje, o preço dos combustíveis é um dos principais fatores que empurram a inflação dos Estados Unidos para o maior patamar em 40 anos. De acordo com dados de maio, o IPC acumulado dos últimos 12 meses atingiu 8,6%, 0,3 p.p. acima da alta registrada no mês anterior. 


Saiba mais

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A demanda por petróleo está altíssima no mundo, enquanto a oferta está amplamente prejudicada. A guerra na Ucrânia provocou uma alta severa nos custos do petróleo, mas as sanções também acabaram prejudicando o mercado, já que a Rússia hoje é a segunda maior produtora da commodity. 

Com a capacidade de refino limitada, especialmente após a pandemia, e a demanda alta no mercado, a alta nos preços da gasolina e diesel para os consumidores norte-americanos era esperada. 

Além das intensas pressões do mercado energético, o governo dos Estados Unidos enfrenta as suspeitas de que a economia pode entrar em uma recessão no ano que vem, na mesma medida em que o Federal Reserve ajusta as taxas variáveis de juros para tentar barrar a alta nos preços. 

A última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ajustou as taxas em 0,75 p.p., a maior variação em 28 anos. Agora, a taxas variáveis estão em um intervalo de 1,5% e 1,75%. 

A reação do mercado foi intensa e um sentimento pessimista passou a acompanhar a rotina dos investidores. De acordo com economistas do Bank of America (BofA), existe uma chance de 40% da economia norte-americana entrar em recessão no ano que vem. 

Outra pesquisa similar, da Conferece Board, aponta que 60% dos CEOs esperam uma retração econômica nos próximos 12 a 18 meses. 

Enquanto isso, grandes figuras do mercado, como o bilionário Elon Musk, dizem que os sinais para a economia norte-americana não são bons. As ondas de demissões que marcaram a última semana, bem como a redução no ritmo de contratações, acaba corroborando para essa percepção. 

Juan Tasso - Smart Money

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