Internacional

Biden diz que defenderá militarmente Taiwan e China responde

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta segunda-feira (23) que está preparado para agir militarmente em Taiwan caso a ilha for invadida pela China no futuro. 

“Esse é o comprometimento que fizemos. Nós concordamos com a política de ‘China única’, assinamos isso, e todos os acordos foram feitos”, disse Biden. “Mas a ideia de que isso será feito à força simplesmente não é apropriado”.  

As falas de Biden foram feitas em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida. A declaração surpreendeu o mercado porque quebra um status quo norte-americano de neutralidade em questões relacionadas à Taiwan. 

Segundo Biden, não há sinais atualmente de que a China pretende invadir Taiwan, mas que futuras manobras do tipo significariam uma forte reação das grandes potências. 


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Taiwan é uma ilha a menos de 200 km da costa chinesa, além de ser muito próxima da ilha de Okinawa, no Japão. 

Após a segunda Guerra Mundial, o partido nacionalista chinês de Kuomintang essencialmente perdeu o embate interno com o Partido Comunista da China (PCC) e fugiu para a ilha de Taiwan. Hoje, 13 nações reconhecem a ilha como uma nação independente, em parte por conta das pressões do governo chinês que insistem possuir uma soberania no local. 

Embora a relação entre Taiwan e o governo chinês sempre tenha sido não amistosa, segundo o ministério da Defesa da ilha a situação de hoje é a pior em 40 anos de história. 

Taiwan é muito pequena se comparada com a China, inclusive em força militar. Hoje, a China pode contar com mais de 2 milhões de soldados, enquanto a ilha possui menos de 200 mil. 

Para a economia global, porém, Taiwan é muito importante. Boa parte dos equipamentos eletrônicos que usamos no dia a dia, como notebooks, vídeo games e celulares, possuem chips de empresas da ilha, como a gigante TSMC e a UMC. Hoje, 65% de todos os chips do mundo vêm de Taiwan. 

A resposta do governo chinês para a mudança de postura do governo norte-americano veio enfática: 

“Ninguém deveria subestimar a determinação e habilidade do povo chinês de defender a soberania nacional e integridade territorial”, disse o ministério de Relações Exteriores da China. 

Segundo pesquisas locais, menos de 5% da população de Taiwan se reconhece como chinês. Mesmo considerando que o cenário é grave, o sentimento atual é de que uma invasão militar promovida pelo governo da China ainda é improvável. 

Foto: Reuters / Reprodução

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