Internacional

China coloca 30 milhões sob lockdown e política de Covid Zero é questionada por possíveis danos econômicos

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O governo da China colocou mais de 30 milhões de pessoas sob lockdown em diversas cidades do país após os casos de COVID-19 dobrarem em um dia. Nesta terça-feira (15), o país registrou mais de 3,5 mil novos casos ontem (14), que, somados aos dias anteriores, passa de 5 mil no total. 

A maior parte dos casos foi registrada na província de Jilin, no noroeste do país. A capital provincial, Changchum, com 9 milhões de habitantes, está sob lockdown intenso. 

O governo também colocou sob lockdown a capital da tecnologia chinesa, Shenzhen, que possui 17 milhões de pessoas. A decisão derrubou as bolsas da vizinha Hong Kong, o Hang Seng (HSI), em 5,72%, a 18.415,08 pontos no fechamento de hoje. 

Confinamentos também foram impostos em importantes cidades do setor de manufatura, como Dongguan e Changchun. Em Shangai, um lockdown foi imposto no Shanghai World Financial Center. 

Pelo menos 13 cidades enfrentam confinamento nesta terça (15) como parte da política de Covid Zero do país. Milhões de testes também estão sendo feito diariamente para tentar conter a escalada da doença nas principais cidades da China. 


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5 mil novos casos de COVID-19 é um número baixo se comparado com a média de outros países. No Brasil, por exemplo, a média móvel dos últimos sete dias passa de 40 mil casos. É, porém, o pior número de infecções registrados no país desde o fim do primeiro surto em 2020, já que as políticas de controle costumam ser bem mais severas. 

Mesmo assim, a alta nos novos casos faz setores econômicos questionarem a efetividade da política de Covid Zero contra a disseminação da variante Ômicron. Uma das grandes preocupações é a paralisação nas atividades de importantes fábricas de semicondutores, já que o mundo ainda passa por uma crise de abastecimentos. 

Algumas das companhias afetadas incluem a Lens Technology, que fornece lentes e vidro para companhias como a Apple, e Netac Technology, que produz USBs. Ambas disseram que a produção e distribuição dos seus produtos serão prejudicados. 

A paralisação abrupta das atividades também pode causar danos ao crescimento econômico chinês. Na primeira semana do mês, por conta da crise no setor imobiliário e guerra na Ucrânia, o governo do país estabeleceu uma meta para o PIB que é a menor desde 1991, de 5,5%. 

Imagem: Reuters / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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