esta quinta-feira (03) o presidente da Rússia, Vladimir Putin chegou a Pequim para conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, antes da abertura dos Jogos Olímpicos de inverno.
Dois eventos nacionais importantíssimo somam-se para a China. O primeiro é o início do calendário chinês, data que marca o Ano Novo Lunarl. A segunda é o início dos jogos olímpicos de inverno que iniciam hoje (04).
Em meio a crise de segurança enfrentada pela Rússia, o país demonstra uma agenda de política externa pulsante.
Uma comitiva do alto escalão do governo russo viajou até Pequim para prestigiar o presidente chinês e discutir assuntos de segurança dos países.
A visita, mesmo em meio ao momento delicado no leste europeu, demostra que existe um desejo de estreitar as alianças entre os países ainda mais.
Tanto o Conselheiro de Estado chinês Wei Fenghe com o ministro do Comércio Exterior russo, Sergei Shoigu, tem se engajado em reuniões desde o ano passado para salvaguardar a estabilidade regional.
Historicamente, as relações da sino-russas não estiveram tão alinhadas, apesar de que os dois países dividem uma fronteira de mais 4000 km.
Por outro lado, pela primeira vez na história dos países no ano de 2021, Pequim e Moscou realizaram exercícios militares conjuntos no oeste do Oceano Pacífico, demonstrando essa escalada diplomática.
A Rússia compreende os fortes indícios de que a China será a próxima superpotência mundial e dar a manutenção adequada à essas relações parece a decisão mais acertada.
Putin será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov, o vice-primeiro-ministro Dmitry Chernyshenko, além dos ministros da energia e chefes de estatais de gás natural.
A China tem optado por modificar a sua matriz energética, substituindo carvão por gás natural, plano que deseja concretizar até 2060. Atualmente, Pequim recebe gás natural da Rússia pelo tudo chamado “Power Siberia 1”, e deseja duplicar a quantidade de metros cúbicos com a construção de uma segundo duto, a “Power Siberia 2”.
Analistas e tomadores de opinião afirmam tratar-se de mais provas que as duas potências nucleares são uma alternativa ao poder hegemônico dos EUA, desejando contrabalancear a balança de poder internacional.