O preço do petróleo atingiu uma máxima de sete anos nesta sexta-feira (04). Às 10h15, o preço por barril do bret estava valendo US$ 92,80, alta de 1,9%, próximo aos maiores níveis de 2014.
O West Texas Intermediate (WIT) também acompanha a tendência de alta, subindo 1,93% às 10h15, com cada barril valendo US$ 92,04.
Além das tensões geopolíticas que marcam o leste europeu, os recentes temores causados por uma intensa onda de frio nos Estados Unidos contribuem para as pressões dos preços do petróleo, já que a cadeia de suprimentos pode ser prejudicada.
“A última alta foi desencadeada por uma onda de frio no Texas, que está alimentando preocupações sobre interrupções de produção na Bacia do Permian, o maior produtor de ‘shale’ dos EUA”, disse Carsten Fritsch, analista de commodities do Commerzbank, à Eeuters.
A alta nos preços do petróleo deve continuar mesmo com uma certa melhora na nevasca dos EUA. As tensões geopolíticas na Ucrânia ainda permanecem perto de um ponto de ebulição, o que pode prejudicar a cadeia de suprimento energética da Europa.
Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) preferiu por não aumentar a oferta, mantendo o nível de produção apesar dos aumentos expressivos da demanda. A intenção, neste caso, é de evitar quedas severas nos preços do barril caso o avanço de eventuais novas variantes de COVID-19 provoque mais paralisações econômicas nos países.
Segundo boa parte dos analistas, não é arriscado assumir que o petróleo possa passar de US$ 100 por barril, considerando também que essa demanda só deve aumentar com o fim da pandemia de COVID-19.
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Os preços que chegam nos postos de gasolina são influenciados por inúmeros fatores. Além dos preços de distribuição e impostos, como o ICMS, o preço da gasolina e do diesel são influenciados pelos ajustes dos preços nas refinarias da Petrobras.
Os preços nas refinarias variam de acordo com o mercado internacional de petróleo, que está em tendência de alta até o ano que vem. Além disso, como considera os valores em Dólar, o desempenho do Real também é um fator importante para a definição dos preços.
A estatal não adianta futuros reajustes nos preços, mas a tendência é que aumente nas próximas semanas. No último reajuste, promovido no dia 12 de janeiro, a gasolina foi de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro. É um aumento de 4,85%. No caso do diesel, o aumento é de 8,08%, de R$ 3,34 para R$ 3,61.
Comparado com o primeiro reajuste promovido em 2021, o preço da gasolina saltou de R$ 1,98 para R$ 3,24 por litro nas refinarias. É um acréscimo de 63,6% na variação anual.