A inflação na zona do euro segue batendo recorde. Depois de encerrar maio com o maior resultado desde a criação do bloco, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na região renovou sua máxima histórica em junho e chegou a um acumulado de 8,6% nos últimos 12 meses.
Os dados, divulgados hoje (01) pela agência Eurostat, ficaram acima dos 8,4% de alta que o mercado projetava. É o maior resultado desde o início da série histórica, que começou em 1997. A inflação mensal em junho ficou em 0,8%.
No final de 2021, o Banco Central Europeu (BCE) considerava que a inflação na região era resultado da recuperação da economia da região após a pandemia de Covid-19. No entanto, fatores como a guerra na Ucrânia e a volta de lockdowns na China pressionaram a cadeia global e o desempenho das economias.
O BCE havia projetado uma inflação inferior à meta de 2% em 2022. Somente no primeiro semestre de 2022, o resultado acumulado até aqui no ano (3,7%) já é muito maior que o projetado pela autoridade monetária da zona do euro.
Como resposta a essa inflação acelerada e persistente, as autoridades europeias se preparam agora para iniciar o ciclo de aperto monetário na zona do euro. Com o primeiro aumento nos juros projetado para ocorrer em julho, a presidente do BCE Christine Lagarde afirma que a instituição irá “até onde for necessário” para trazer a inflação de volta à meta o mais rápido possível.