De acordo com dados divulgados pela Eurostat, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro foi revisado para o nível recorde de 7,4% em abril na taxa anual, uma leve queda de 0,01 p.p. comparada com a revisão anterior.
O núcleo da inflação (IPC-Núcleo), por outro lado, foi revisado para cima. A taxa de abril ficou em 3,5% na taxa anual, 0,05 p.p. acima da revisão anterior.
A meta do Banco Central Europeu (BCE) é de uma inflação a 2%, que agora parece impossível de ser alcançada considerando as pressões trazidas pela guerra na Ucrânia e problemas na China.
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A guerra no leste europeu trouxe extensas pressões no mercado energético e de alimentos. A Rússia representa mais de 35% do total do mercado energético importado na Europa, situação que agora caminha para um rumo de incerteza devido às sanções e embates geopolíticos.
A Europa deve caminhar pelas mesmas águas que os Estados Unidos, que baniram as importações de petróleo russo. A transição para outras fontes de energia, porém, deve demorar.
Com uma Europa dependente, a Rússia demanda que novos pagamentos pelo gás natural aconteçam em Rublos, coisa que países como a Alemanha discordam. Putin, em resposta, ameaça cortar o fornecimento.
Para piorar a situação, os gargalos nas cadeias de distribuição globais são agravados pela política de ‘Covid Zero’ na China, que já paralisou as grandes cidades de Shenzhen e Xangai para evitar novas infecções pela doença.
O Reino Unido é uma das nações do continente que mais sentiram o impacto dos recentes problemas trazidos pela guerra, registrando a maior inflação em 40 anos de acordo com dados divulgados hoje. O IPC subiu 9,0% na taxa anual de abril, uma grande aceleração frente a alta de 7,0% do mês de março.
Na taxa mensal, a inflação no Reino Unido subiu 2,5%, acelerando frente a taxa de 1,1% de março.
Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS), houve um aumento brusco nos custos da energia elétrica e gás natural, além de pressões nas commodities metálicas e produtos químicos.