O presidente francês Emmanuel Macron encontrou com o presidente Vladmir Putin em Moscou nesta segunda (07). A expectativa é de que o diálogo com a Rússia leve a uma regressão da escala de tensão local.
Em seguida o presidente Macron irá viajar para a Ucrânia para encontrar o presidente Volodymyr Zelensky. Outros ministros das Relações Exteriores, da Alemanha, Áustria, República Tcheca, Eslováquia também irão para Kiev.
O primeiro-ministro alemão Olaf Scholz irá se reunir com Joe Biden também nesta segunda (07) para conversar sobre a situação. O ministro alemão foi fortemente criticado por ser acusado de a Alemanha não está dando ênfase em seu apoio a Ucrânia devido a interesses de política interna.
Essa insinuação aconteceu por causa dos interesses alemães com a Rússia para o fornecimento de gás natural ao país, através do “Nord Stream 2”, gasoduto em construção que liga os dois países.
A grande movimentação da liderança dos países europeus demonstra uma incansável articulação ocidental para manutenção da paz no continente. Além disso, os indícios que pudessem indicar a entrada da Ucrânia na OTAN incomodaram Moscou.
O primeiro-ministro francês Jean-Yves Le Drian a primeiro-ministro alemã Annalena Baerbock irão viajar pra Kiev para reafirmar a solidariedade da União Europeia com a Ucrânia.
Além disso, um relatório emitido pelos EUA aponta que o conflito entre Ucrânia e Rússia poderia gerar cerca de 5 milhões de refugiados. Até alguns dias atrás, a permanência de 100 mil soldados russos na fronteira com a Ucrânia era a maior preocupação em termos de segurança na região da Europa.
Os EUA ordenaram a saída de funcionários do governo da Bielorrússia assim como já haviam ordenado para americanos em Kiev. As tropas russas no país têm se organizado e avançado para o sul, em direção a Ucrânia.
Saiba mais
Bolsas de Europa e Ásia iniciam semana sem direção nessa segunda (07)
Por outro lado, países da OTAN também estão em alerta. Caças da força aérea dinamarquesa também reforçam a segurança da Lituânia, país do Báltico. Quatro aviões F-16 foram enviados para a área limítrofe entre a OTAN e a Rússia.
Entre 2014 e 2015 foram negociados os acordos de Minsk, que estabeleciam o cessar-fogo do conflito ocorrido entre as regiões separatistas da Ucrânia, Crimeia e Rússia.