O Federal Reserve deve reduzir o ritmo do aperto monetário em curso na maior economia do mundo. Para a maioria dos especialistas, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) deve anunciar hoje (14) um aumento de 50 pontos-base nos juros.
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A desaceleração do aperto monetário parecia uma possibilidade distante nos meses anteriores, quando a grande maioria dos economistas esperava ver o Fed encerrando 2022 com mais um aumento de 75 pontos-base nos juros. Os indicadores da economia norte-americana, principalmente a inflação no país, ajudaram a aumentar as esperanças de uma atuação mais dovish do comitê de política monetária norte-americano.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) veio mais uma vez abaixo do projetado. A inflação nos EUA chegou a 7,1% nos últimos 12 meses até novembro, ante 7,3% esperados pelo consenso de mercado.
Segundo o monitor de juros do portal Investing.com, 83% dos economistas apostam que o FOMC deve escolher pelo aumento de 50 pontos-base nos juros nesta quarta-feira. Com isso, os juros na maior economia do mundo sairiam do patamar atual – entre 3,75% e 4,00% ao ano – para ficar entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Dados do mercado de trabalho, no entanto, acabam pressionando o Fed e não dando confiança total ao mercado de que o BC norte-americano será menos agressivo na alta dos juros. Os dados do payroll continuam mostrando uma geração de empregos acima do esperado nos EUA e forçam o FOMC a se manter vigilante para uma possível nova aceleração da inflação no país.
Os dados mais recentes divulgados pelo Departamento de Trabalho dos EUA revelou a geração de 263 mil empregos não-agrícolas no país. O mercado esperava um número bastante abaixo disso, cerca de 200 mil empregos criados.
Esse mercado de trabalho aquecido e a inflação elevada foram os principais motivos que levaram o comitê a elevar os juros em 75 pontos nas últimas quatro reuniões. Na ata da reunião passada, no entanto, o Fed já havia indicado que uma desaceleração do aperto monetário viria “logo”.
O Federal Reserve fará o anúncio de política monetária hoje. A declaração está marcada para às 16h, acompanhada como de costume por uma breve fala do presidente da instituição – Jerome Powell.
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