Nesta terça-feira (15), ontem, o porta-voz russo Dmitry Peskov anunciou que o país irá retaliar as sanções que tem recebido de países ocidentais, principalmente no que tange a exclusão de líderes do alto escalão do governo. A medida é recíproca a exclusão de líderes russos como o presidente Putin e o ministro da Defesa Sergei Lavrov.
Medidas recentes colocaram uma quarta rodada de sanções contra a Rússia pela União Europeia (UE). Entre elas estão a retirada de empresas dos EUA da Rússia, importações e exportações ao país.
As sanções europeias irão atingir os setores aço, defesa e o energético. A expansão do escopo de sanções do bloco tem o objetivo de prestar solidariedade a Ucrânia.
A UE também ampliou a lista de pessoas conectadas a setores estratégicos da Rússia e apoiadores do governo ligados à indústria de base e defesa. Tal medida congela ativos de líderes empresariais que apoiam o Estado russo.
Quanto o setor econômico, o bloco restringiu as agências de rating, que classificam o crédito dos países, de emitir classificação para a Rússia e para empresas russas.
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Porém, agora a Rússia pretende agir de forma recíproca, principalmente quanto aos EUA e ao Canadá. A medida russa barra a entrada do presidente americano Joe Biden e oficiais dos EUA na Rússia.
Além do presidente, oficiais americanos como o secretário de defesa Lloyd Austin, o chefe da CIA William Burns e o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan entre outras autoridades do auto escalão americano também estão nessa exclusão.
Posteriormente, a Rússia adicionou a lista o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau e a ex-secretária de estado americana Hillary Clinton.
A medida, por mais simbólica que possa parecer, ainda pode ser expandida para pessoas ligadas a essas autoridades, mas permite que elas façam contatos essenciais. Ela já inclui Hunter Biden, filho do presidente americano.
Imagem: Reuters