Apesar da crise bancária, o Fed não surpreendeu e ajustou as taxas de juros dos Estados Unidos em 25 pontos-base, de acordo com a decisão divulgada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nesta quarta-feira (03).
Com o ajuste, as taxas estão no intervalo variável entre 5% e 5,25%.
O ritmo no aumento de juros tenta barrar o avanço inflacionário. Em março, o IPC ficou em 5%, apresentando uma grande desaceleração ante a alta acumulada de 6% em fevereiro, mas ainda acima da meta de 2% estipulada pelo Fed.
Assim como na última reunião, o FOMC apontou para um mercado de trabalho que segue apertado no país. Em março, geração de emprego (Payroll) não-agrícola ficou em 326 mil, mas dentro das expectativas. Cenário diferente de fevereiro, quando surpreendeu o mercado e gerou 311 mil novas vagas.
“A inflação continua elevada. Porém, entendo que é um comunicado menos hawkish que o anterior”, aponta Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos”.
Para ele, existe uma mudança de tom do Fed em relação à última reunião realizada na terceira semana de março em relação ao futuro da curva de juros.
“Ele [Powell] sinaliza que o ciclo de juros pode ter chegado ao fim”, aponta Bertotti. “Ele ainda terá que analisar o balanço de riscos”. Sexta-feira (05), por exemplo, tem o Payroll, aponta o economista-chefe, indicador extremamente importante.
Em março, a linguagem utilizada pelo Fed apontava para futuros ajustes nas taxas de juros para conseguir deslocar o IPC para a meta. No comunicado de hoje, porém, a autoridade monetária apontou que:
“Determinando a extensão da qual adicionais apertos de política monetária sejam apropriados para retornar a inflação para 2%, o comitê levará em consideração o aperto monetário acumulativo, as defasagens com que as decisões monetárias afetam a atividade econômica e inflação e desenvolvimentos econômicos e financeiros”.
Quer começar a investir com o auxílio de um assessor de investimentos
Clique no link, conheça a Messem Investimentos e inicie a sua jornada no mundo dos investimentos.