Nesta sexta-feira (18), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que espera progresso nas conversas de entrada da Ucrânia na União Europeia nos próximos meses. A declaração pelo mesmo em seu Twitter pessoal, onde Zelensky afirmou que se reuniu com a presidente do Conselho Europeu, Ursula non der Leyen.
“Tive uma conversa substancial com o Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O parecer da CE sobre o pedido de adesão à União Europeia da Ucrânia será preparado dentro de alguns meses”. Apontou Zelensky, afirmando que as partes estão se movendo para alcançar seu objetivo estratégico em conjunto.
Mais tarde, também via Twitter, Zelensky afirmou que conversou com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Na pauta da reunião entre as lideranças esteve a resistência da Ucrânia à invasão russa e o apoio dado pelo Reino Unido à Ucrânia durante o conflito.
“Informei sobre a luta heróica do povo ucraniano à agressão russa”, escreveu o presidente ucraniano. “Estamos comprometidos a fortalecer a coalizão anti-guerra e garantir a paz”.
Hoje, o vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andrii Sybiha, a Ucrânia não abrirá mão de sua tentativa de entrar na União Europeia para alcançar um acordo de cessar-fogo no conflito com a Rússia. “Serei categórico, isso é absolutamente inaceitável. É uma escolha nossa, o pedido de adesão à União Europeia foi apresentado e agora está sendo colocado em prática”, declarou.
Ainda segundo Sybiha, as negociações para dar fim ao conflito estão em andamento, mas as conversas estão evoluindo lentamente. Para ele, negociar com a delegação russa tem sido “díficil”.
A posição da Ucrânia em manter o pedido de adesão à UE pode ser considerado um entrave para as negociações. Entre as demandas da Rússia para o fim do conflito no leste europeu, a principal delas é o comprometimento da Ucrânia em se manter neutra e não aderir a blocos, como a União Europeia ou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
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Nesta terça-feira (15), as esperanças de uma resolução diplomática para o conflito haviam sido renovadas após Volodymy Zelensky afirmar que a Ucrânia não fará parte da OTAN. Em discurso visivelmente frustrado com a atuação dos países da organização, o presidente ucraniano afirmou criticou a demora da OTAN em aceitar a Ucrânia como um país membro.
“Ouvimos argumentos, dizendo que a Terceira Guerra Mundial poderia começar, se a OTAN fechasse seu espaço para os aviões russos. Por isso não se criou uma zona aérea humanitária sobre a Ucrânia. Por isso os russos podem bombardear cidades, hospitais e escolas”, afirmou Zelensky na ocasião.
As declarações de Zelensky foram vistas com otimismo por parte da delegação russa, que supostamente deixou de exigir a desmilitarização da Ucrânia para dar um fim ao conflito. No entanto, a posição do país quanto o pedido de entrada na UE pode estagnar as negociações, que já progridem em um ritmo baixo.
