Nesta quinta-feira (23), a União Europeia (UE) deve confirmar oficialmente a Ucrânia como candidata a membro do bloco. Por conta da guerra no leste europeu, iniciada em fevereiro deste ano, o processo de entrada do país da Europa oriental foi acelerado.
“A história está em marcha”, declarou a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen. A aprovação da Ucrânia como candidata ocorre no primeiro dia da cúpula de líderes da UE, que acontece entre hoje e amanhã (24).
O conflito entre Rússia e Ucrânia virou a geopolítica internacional de cabeça para baixo nos últimos quatro meses. A aproximação da Ucrânia com a UE e com a Organização do Tratado do Atlântico Norte nos últimos anos é considerada a principal motivação da invasão russa em solo ucraniano.
“A Ucrânia está passando por um inferno por uma razão simples: seu desejo de ingressar na UE”, apontou von der Leyen em seu Twitter. “Hoje, a UE está a enviar uma mensagem de solidariedade ao povo da Ucrânia de que ele pertence à família europeia, que pertence à UE”, afirmou o primeiro-ministro irlandês Micheal Martin.
Além da Ucrânia, Moldávia e Geórgia também já externaram desejo de fazer parte da União Europeia, bloco atualmente composto por 27 países-membros. A candidatura da Moldávia também deve ser oficializada hoje, enquanto a Geórgia ainda precisa cumprir uma série de exigências impostas pela Comissão Europeia para avançar no processo de entrar para a UE.
Esse movimento é considerado por muitos como a mais ambiciosa expansão ao leste da UE desde o final da Guerra Fria. Países dos Balcãs – Albânia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte e Sérvia – também já expressaram vontade de entrar para a UE e lideranças do bloco já se comprometeram em viabilizar o processo no futuro.