De acordo com projeções divulgadas pelo Ministério da Economia, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentaram de 1,5% para 2% ao término do ano.
A projeção faz parte do boletim macrofiscal divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do ministério. No documento, as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial do país, foram reduzidas de 7,90% para 7,20%.
As apostas da SPE são mais positivas que as apresentadas no Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC) contando com a contribuição de mais de 100 instituições financeiras.
De acordo com o último Focus, o IPCA encerrará o ano em 7,69%, enquanto o PIB ficará em 1,59%.
“A revisão da atividade econômica se dá, em grande medida, pelo resultado das pesquisas mensais do IBGE já divulgadas”, diz o boletim macrofiscal. “O crescimento médio mensal na margem nos meses de abril e maio da indústria geral e da transformação foi de 0,2% e 0,4%, respectivamente”.
A SPE também aponta para as alterações no mercado de trabalho como uma das razões para a revisão do crescimento econômico. O mercado de trabalho conta hoje, de acordo com dados do IBGE para o trimestre encerrado em maio, com uma população ocupada 10,6% maior que no mesmo período no ano passado, representando um incremento de 9,4 milhões de pessoas.
Segundo o Ministério da Economia, porém, o cenário no mercado internacional segue desafiador.
“Observam-se revisões baixistas do crescimento global e o patamar ainda elevado dos preços das commodities de energia e alimentos”, diz o boletim. “As estimativas de crescimento do PIB dos países desenvolvidos, segundo a Bloomberg, foram revisadas de 3,8%, no início do ano, para 2,6% no final de junho de 2022”.
Hoje, a guerra na Ucrânia e o mercado energético são os dois principais vilões das pressões inflacionárias na Europa e Estados Unidos, que optaram pelo aumento nas taxas de juros para conter a alta dos preços.