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Ministério da Economia piora a previsão do PIB para 2022 em mais de 0,5%

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O Ministério da Economia reduziu suas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. Segundo um relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE) divulgado nesta quinta-feira (17), o crescimento econômico brasileiro será de 1,5%. 

Comparado com as últimas expectativas da SPE, é uma redução de 0,6 p.p. nas estimativas da pasta da Economia, indicando que o crescimento econômico brasileiro ficará aquém do esperado. 

Ao mesmo passo em que o PIB deve ficar menor, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial do país, ficará mais alto. As estimativas da SPE apontam para uma inflação de 6,55% em 2022, acima do teto da meta de 5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 

As últimas estimativas da SPE apontavam para um IPCA de 4,70%. Para o ano que vem, a inflação ficará em 3,25% segundo as projeções, que se mantiveram. 

Segundo a SPE, as revisões para baixo acontecem após uma mudança estatística divulgada pelo IBGE que diminuiu o crescimento econômico de 2019. A secretaria também comentou acerca da crise hídrica e gargalos nas cadeias globais que prejudicaram o crescimento do ano passado. 

“Os setores mais afetados negativamente no final do ano passado foram a indústria e o setor agropecuário, cuja produção foi prejudicada, em grande medida, pela ampliação dos gargalos nas cadeias globais e pela maior crise hídrica em quase 100 anos, respectivamente”, disse a nota da SPE. 


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A SPE também apontou a guerra da Ucrânia como um fator global que prejudicará boa parte das grandes economias, mas que os fundamentos para o PIB continuam presentes aqui no Brasil. 

“Para 2022, apesar dos efeitos da maior incerteza global, decorrente da guerra na Ucrânia, e do menor carregamento estatístico do PIB, os fundamentos para o crescimento continuam presentes, principalmente com o possível arrefecimento dos choques negativos de oferta como a crise hídrica, quebra de cadeias de valor e pandemia”, diz a nota. 

A guerra no leste europeu causou intensas pressões na inflação do país, principalmente em relação ao mercado energético. O petróleo, que estava na faixa dos US$ 80 por barril, considerando os valores do brent, chegaram a passar de US$ 130 no início da invasão promovida pela Rússia. 

O resultado foi um aumento significativo nos preços dos combustíveis nas principais potências. Nos Estados Unidos, a gasolina subiu mais de 22% e fez o governo repensar suas políticas de impostos. No Brasil, o último reajuste da Petrobras subiu o preço da gasolina em 18,8%, enquanto o diesel subiu 24,9%. 

Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o Brasil está preparado para qualquer tipo de “guerra do petróleo”. 

“Nós temos um protocolo de guerra todo preparado. Nós estamos com o déficit zerado. Nós estamos prontos para outra briga. Se vier uma [terceira] guerra mundial aí, nós estamos prontos de novo. Nós vamos expandir de novo porque nós estamos com o déficit zerado”, disse o ministro na terça-feira (15). 

Imagem: Agência Brasil / Reprodução

Juan Tasso - Smart Money

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