Com os casos do novo coronavírus voltando a crescer nos EUA e na Europa, preocupação de que uma segunda onda de infecção em massa ocorra no Brasil a partir das próximas semanas é crescente. Diante deste cenário, aumenta-se a pressão para que o governo brasileiro ofereça novas medidas de combate aos impactos da pandemia.
Nas próximas semanas, deve entrar em pauta no Congresso a prorrogação do auxílio emergencial. O benefício, que a princípio terá sua última parcela em dezembro, pode ter duas parcelas adicionais nos primeiros meses de 2021. Segundo reportagem do jornal Estadão, o governo – de olho no risco fiscal – deve transferir parte das despesas de combate à pandemia para o ano que vem para conseguir viabilizar novas medidas de auxílio. A medida é possível graças à recente aprovação do chamado “orçamento de guerra”.
Atualmente, porém, o foco do governo está no Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família. O líder do governo no senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que o estado de calamidade e o auxílio não devem ser prorrogados, e apenas um novo pico de casos mudaria esse cenário.
Enquanto isso, aumenta-se a ansiedade por novos pacotes de estímulo financeiro no exterior. Nos EUA, um novo pacote não sairá antes do resultado das eleições presidenciais do país. Anteriormente, o congresso e a Casa Branca falharam no objetivo de chegar a um acordo, e as negociações se encontram paralisadas. O pacote em discussão nos EUA gira entre US$1,5 trilhão e US$3 trilhões.
Na Europa, os pacotes estão mais perto de serem fechados. No Reino Unido, o pacote a ser fechado junto ao Bank of England deve chegar a 150 bilhões de libras esterlinas (US$195 bilhões). Já o pacote em negociação na União Europeia é de 1,8 trilhão de euros (US$2,12 trilhões).
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